Viver uma vida mais saudável está se tornando uma prioridade para a maioria das pessoas e, nos últimos anos, as abordagens tradicionais estão sendo complementadas por avanços ousados na neurotecnologia.
Enquanto as caminhadas e a dieta equilibrada continuam mantendo seu lugar na lista de prioridades de várias pessoas, o envio de choques elétricos ao sistema nervoso emerge como uma prática promissora para o bem-estar.
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Porém, isso ainda levanta questionamentos sobre sua segurança e eficácia. Vamos entender?
Neuromodulação: uma visão geral
A neuromodulação, em sua essência, é uma técnica que altera a atividade nervosa por meio do envio de sinais elétricos a áreas específicas do cérebro ou do corpo.
Esse procedimento visa regular a atividade neural, podendo ser aplicada para aliviar a dor crônica, tratar condições neurológicas como epilepsia e até mesmo combater o envelhecimento.
Empresas como Parasym e GammaCore estão participando do desenvolvimento dessa tecnologia, oferecendo dispositivos que prometem melhorar a saúde cerebral e reduzir os sinais de envelhecimento.
Por meio de métodos não invasivos, esses dispositivos estimulam o nervo vago, desencadeando uma série de respostas fisiológicas benéficas.
Como funciona e seus benefícios
A neuromodulação vagal auricular, adotada por empresas como a Parasym, utiliza um dispositivo discreto colocado na orelha esquerda, que envia pulsos elétricos ao nervo vago.
Esses sinais são controlados por um dispositivo portátil, permitindo que os usuários personalizem suas sessões de estimulação.
Os benefícios relatados incluem melhorias na função cognitiva, redução da inflamação crônica associada ao envelhecimento e até mesmo uma melhora na função cardiovascular.
Além disso, distúrbios relacionados à idade, como a doença de Alzheimer, estão sendo alvo de estudos promissores sobre os efeitos da neuromodulação.
Riscos e considerações de segurança
Embora a neurotecnologia ofereça potenciais vantagens para a saúde, não está isenta de preocupações com segurança.
Isso porque a neuromodulação pode ser usada de duas formas diferentes. A primeira é a opção mais utilizada em casos mais graves: os dispositivos implantados.
O ponto é que os implantes conseguem aplicar choques mais eficazes, mas também são mais arriscados, podendo resultar em infecções graves e outros problemas.
Por outro lado, métodos não invasivos, como os oferecidos pela Parasym, demonstraram ter um perfil de segurança mais favorável. Por exemplo, em testes clínicos foram realizadas mais de 3 milhões de sessões de tratamento, não sendo relatado quaisquer eventos adversos graves.
Apesar disso, o custo desses dispositivos pode ser um obstáculo para muitos. Com preços iniciais de aproximadamente € 600, o acesso à neuromodulação pode ser limitado a uma parcela privilegiada da população.
O veredito dos especialistas e perspectivas futuras
Embora os avanços na neurotecnologia sejam promissores, os especialistas destacam a necessidade de mais pesquisas para validar plenamente seus benefícios e esclarecer potenciais riscos.
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Porém, para aqueles que podem arcar com os custos e estão dispostos a experimentar abordagens inovadoras, a neuromodulação pode oferecer uma nova esperança para uma vida mais saudável.
Inclusive, a tecnologia já é apoiada por pesquisas de universidades como UCL, Harvard e University College London.
Em todo caso, sem dúvidas sua adoção generalizada exigirá uma avaliação cuidadosa de seus impactos, tanto positivos quanto negativos, na saúde e na sociedade como um todo!
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