A ambliopia, popularmente conhecida como “olho preguiçoso”, é um desafio que afeta muitas crianças e pode persistir até a idade adulta, prejudicando principalmente a percepção de profundidade.
Essa condição é tão prejudicial que alguns estudos indicam até mesmo que ela pode afetar áreas do cérebro responsáveis pela atenção. Tratamentos convencionais para essa condição não evoluíram significativamente ao longo do tempo, principalmente focando no uso de tampões oculares.
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No entanto, o surgimento de novas tecnologias tem proporcionado abordagens mais modernas e eficazes, como o uso da realidade virtual.
A abordagem tradicional para tratar a ambliopia envolve cobrir o olho mais forte com um tampão, forçando o cérebro a utilizar o olho mais fraco. Essa técnica tem sido eficaz, mas não é perfeita.
O problema de competição visual no cérebro coloca o olho mais fraco em desvantagem, resultando em desafios na percepção espacial e na visão tridimensional.
Novas pesquisas para tratar a ambliopia
Recentemente, equipes de pesquisa, incluindo a equipe de Dennis Levi da Universidade da Califórnia, Berkeley, estão explorando métodos para fazer com que o cérebro utilize melhor as informações dos dois olhos.
Empresas como a Luminopia estão na vanguarda dessas inovações, desenvolvendo terapias que utilizam a realidade virtual para tratar a ambliopia de maneira mais eficiente e agradável para as crianças.
O tratamento da Luminopia envolve assistir a programas populares através de um headset de realidade virtual, que bloqueia seletivamente partes da tela para cada olho. Isso obriga o cérebro a combinar informações dos dois olhos para formar uma imagem completa.
Um estudo conduzido pela empresa mostrou melhorias notáveis na visão após três meses de tratamento, embora ainda estejam avaliando a eficácia a longo prazo e os impactos na percepção de profundidade. Em 2021, a Food and Drug Administration (FDA) aprovou esse tratamento inovador para comercialização.
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O potencial desse tratamento não se limita apenas às crianças. A ambliopia em adultos, que historicamente era considerada irreversível, está sendo reavaliada. Eric Gaier, do Boston Children’s Hospital, mostrou-se otimista em um estudo piloto recente, no qual adultos com ambliopia apresentaram melhorias após o uso de donepezil, um medicamento para demência.
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