Após anos oferecendo gratuitamente sua assistente virtual, Alexa, a Amazon está avaliando a possibilidade de passar a cobrar pelo seu uso. O plano, que envolve o lançamento do “Alexa Plus”, uma versão aprimorada com inteligência artificial, enfrenta desafios técnicos e pode sofrer muitos questionamentos no mercado.
Alexa Plus em testes
A gigante do e-commerce, com mais de 75 milhões de usuários da Alexa, busca monetizar uma tecnologia que, até agora, não trouxe retorno financeiro, tornando-se um desafio que a empresa procura superar.
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A expectativa inicial era de lançamento em junho, mas a realidade parece distante. A tecnologia base, chamada de “Remarkable Alexa”, está em fase de testes com 15 mil usuários selecionados. No entanto, funcionários da Amazon alertam sobre resultados preocupantes.
A nova versão mostra excelência em conversas, mas falha em tarefas práticas, apresentando respostas longas e imprecisas, além de confusão em comandos complexos envolvendo vários serviços.
Além das limitações típicas de Inteligências Artificiais, a “Remarkable Alexa” demanda mudanças significativas na estratégia e infraestrutura da Amazon.
Enquanto os criadores da Alexa original resistem à nova versão, propondo manter parte do sistema antigo, o projeto enfrenta obstáculos que tornam seu desenvolvimento mais lento e complexo.
Alexa vai ser cobrada no Brasil?
A ideia de cobrar pelo uso da Alexa enfrenta ceticismo, especialmente considerando o já saturado modelo de assinatura da Amazon, que engloba serviços como prime e streaming.
Funcionários temem que os usuários relutem em pagar por um recurso que, até então, era parte integrante de alto-falantes inteligentes.
No entanto, no Brasil, a situação parece diferir. Até o momento, não há indícios de que a Amazon planeje introduzir a versão por assinatura da Alexa no mercado brasileiro, indicando uma possível abordagem regionalizada.
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A decisão da Amazon de potencialmente cobrar pelo uso da Alexa representa um movimento estratégico ousado, enfrentando desafios técnicos, resistência interna e ceticismo do mercado.
O desfecho dessa iniciativa só será revelado nos próximos meses, mas já suscita debates sobre a viabilidade de monetizar um serviço que, até agora, permaneceu gratuito para milhões de usuários em todo o mundo.
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