Você acha que tem um computador de última geração? Espere até conferir esta novidade! A Microsoft e a OpenAI começaram o desenvolvimento conjunto do Stargate, um supercomputador que vai impulsionar um centro de dados gigante. O objetivo é que o projeto ajude na pesquisa e desenvolvimento de inteligência artificial nos próximos anos.
A princípio, o anúncio visa reduzir a dependência da tecnologia NVIDIA. De modo geral, trata-se de uma plataforma que fornece recursos de processamento paralelo a cientistas e pesquisadores. Assim, podem executar, de forma mais eficiente, aplicativos de alto desempenho.
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Segundo a agência The Information, as duas gigantes da tecnologia projetarão e produzirão a máquina com milhões de chips de servidor. É o computador que vai movimentar a tecnologia de IA da OpenAI. Conforme estimativas de Sam Altman, CEO da empresa responsável pelo ChatGPT, o projeto deve custar mais de 100 bilhões de dólares, um valor 100 vezes maior que alguns dos maiores centros de dados.
Como é o Stargate?
A princípio, todo este superplano tem, como peça central, o “Stargate”, a máquina ultra especial que devem entrar em operação até 2028. Embora nenhuma das empresas entre em detalhes, este seria o ponto final de um processo cujo desenvolvimento tem cinco fases. Atualmente, estão na terceira. Do total do orçamento, uma parte importante deve se destinar a semicondutores.
O financiamento, então, viria da Microsoft, enquanto os esforços de pesquisa para a construção seriam responsabilidade da OpenAI. Contudo, um dos maiores desafios do projeto reside na aquisição do hardware necessário. Inicialmente, os chips de IA, fundamentais para alimentar esses supercomputadores, são caros, escassos e quem domina esse mercado é a NVIDIA.
Mas, para superar esse obstáculo, a Microsoft e a OpenAI exploram a possibilidade de usar chips personalizados e colaborar com vários fabricantes.
Ok, e por que criar um Stargate, a essa altura? Em resumo, o projeto das empresas vem da crescente demanda por centros de dados capazes de lidar com tarefas cada vez mais complexas.
Atualmente, os centros tradicionais não estão aptos a acompanhar o ritmo das necessidades em constante evolução da pesquisa e desenvolvimento de IA.
Desenvolvimento de processadores focados em IA
Como mencionamos no início, o objetivo maior é reduzir a dependência tecnológica de empresas como a NVIDIA. E, aqui, entra a implementação pela Microsoft de chips personalizados baseados nos designs da Arm, empresa britânica de design de chips. Atualmente, a holding licencia sua propriedade intelectual para empresas de semicondutores e fabricantes de equipamentos originais.
De modo geral, sua propriedade intelectual serve para fabricar unidades de processamento central (CPU), gráfico (GPU), neural (NPU) e tecnologias de interconexão. Segundo a Arm, mais de 70% da população mundial usa produtos baseados em sua propriedade intelectual. Só para exemplificar, quase todos os smartphones do mundo funcionam com processadores baseados na Arm, enquanto 50% das CPUs são fabricadas utilizando seus conjuntos de instruções.
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Neste sentido, o Stargate seria um impulso para o negócio da Arm.
Em novembro, a Microsoft apresentou sua primeira CPU de IA personalizada, o Azure Cobalt. Esta CPU tem como base a plataforma Arm Neoverse CSS. A promessa é enfrentar os desafios mais importantes e complexos que a infraestrutura terá, desde a IA até a sustentabilidade.
Aí, voltamos à NVIDIA. Os processadores de inteligência artificial personalizados não apenas economizam dinheiro para as empresas de nuvem em custos de capital e despesas com eletricidade, mas também oferecem um desempenho melhor. A Microsoft, por exemplo, disse que observou aumentos no desempenho de até 40% após implementar a primeira geração de chips Cobalt.
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