À medida que envelhecemos, é comum percebermos um declínio na velocidade de nossos movimentos. Seja para dar um passeio tranquilo ou para realizar tarefas do dia a dia, a agilidade parece diminuir.
Mas por que isso acontece? Um estudo recente liderado por engenheiros da Universidade do Colorado Boulder está trazendo novas descobertas sobre essa questão. Entenda tudo em detalhes!
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Estudo aprofundado
Publicado na revista JNeurosci, este estudo é um dos primeiros a investigar experimentalmente as razões por trás da desaceleração dos movimentos em adultos com mais de 65 anos.
Os pesquisadores da CU Boulder descobriram que os adultos mais velhos podem se mover mais lentamente porque isso consome mais energia, para eles, do que para os mais jovens.
De acordo com Alaa Ahmed, professor do Departamento de Engenharia Mecânica Paul M. Rady da CU Boulder, “A razão pela qual nos movemos da maneira que o fazemos, desde os movimentos dos olhos até alcançar, andar e falar, é uma janela para o envelhecimento e o Parkinson. Estamos tentando entender a base neural disso.”
Dessa forma, os pesquisadores recrutaram participantes com idades entre 18 e 35 anos e entre 66 e 87 anos para completar uma tarefa simples: alcançar um alvo em uma tela, semelhante a jogar um videogame em um Nintendo Wii.
Ao analisar os padrões de mobilidade de cada participante, a equipe descobriu que os adultos mais velhos pareciam modificar seus movimentos para conservar sua energia limitada.
Resultados e impacto
Durante o experimento, os participantes receberam uma pequena recompensa ao alcançar o alvo na tela do computador. Os adultos mais jovens moveram os braços mais rapidamente em direção à recompensa, enquanto os adultos mais velhos melhoraram principalmente seus tempos de reação.
Segundo Dr. Erik Summerside, co-autor do estudo, “Todos nós, sejam jovens ou velhos, somos inerentemente motivados a obter o máximo de recompensa do nosso ambiente, ao mesmo tempo que minimizamos a quantidade de esforço para o fazer.”
Isso sugere que o corpo humano, independentemente da idade, busca eficiência nos movimentos.
Após algumas rodadas, os pesquisadores adicionaram um peso de 4 kg ao braço robótico dos participantes mais jovens, o que fez com que as diferenças entre as duas faixas etárias desaparecessem.
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Com isso, ficou subentendido que mesmo um pequeno aumento no esforço físico pode afetar os movimentos.
Além disso, os resultados indicam que os custos do esforço para alcançar a meta também podem ser o principal fator por trás da desaceleração dos movimentos em idosos.
Embora o estudo não exclua completamente os centros de recompensa do cérebro como culpados, os pesquisadores acreditam que compreender essas mudanças pode levar ao desenvolvimento de tratamentos para reduzir o impacto do envelhecimento e de doenças associadas. Interessante, não é mesmo?
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