A comunidade arqueológica tem estudado as manchas desconhecidas em mármore do Partenon há quase dois séculos.
O templo é dedicado à deusa grega Atena, localizado na Grécia, e as manchas sob análise correspondem a uma película marrom que cobre vários fragmentos do local histórico.
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Então, diante desse mistério, uma equipe de pesquisadores resolveu realizar novas e detalhadas análises científicas para descobrir a composição dessa substância.
Confira detalhes sobre o estudo!
O enigma das manchas desconhecidas em mármore do Partenon
Os resultados da investigação foram oficialmente documentados na revista Heritage Science, em um artigo publicado em 16 de janeiro.
A pesquisa foi focada especificamente em uma escultura de mármore representando a cabeça de um centauro, originalmente parte do antigo templo e atualmente no acervo do Museu Nacional da Dinamarca.
Em 1688, essa cabeça e outra do Partenon foram enviadas como presente ao rei Christian V, na Dinamarca. A cabeça, coberta por uma película marrom estranha, representava a batalha mitológica entre os Lápitas e os centauros.
O transportador responsável foi o capitão dinamarquês Moritz Hartmann, que testemunhou o bombardeio da Acrópole de Atenas e serviu na frota veneziana.
Após sofrer danos significativos, a cabeça foi colocada na Royal Kunstkammer, que posteriormente se tornou o Museu Nacional da Dinamarca.
Essa peça agora faz parte do acervo do museu, contando a história da mitologia e as circunstâncias de sua chegada à Dinamarca no século XVII.
Resultados do estudo
Para desvendar o mistério das manchas desconhecidas em mármore do Partenon, os pesquisadores foram autorizados a coletar 5 amostras da parte traseira da cabeça do centauro.
Assim, essas amostras foram cuidadosamente avaliadas nos laboratórios da Universidade do Sul da Dinamarca, incluindo uma investigação detalhada das proteínas presentes.
Depois das análises, o enigma das manchas persiste, mas agora os cientistas possuem pistas adicionais que os aproximam de uma resposta definitiva.
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Rasmussen, um dos cientistas, relatou que nas camadas marrons não foram encontrados vestígios de matéria biológica, apenas as próprias impressões digitais dos pesquisadores e possivelmente um ovo de pássaro que se quebrou sobre o mármore na antiguidade.
Segundo os pesquisadores, a descoberta indica que é pouco provável que o mármore tenha sido pintado, uma vez que as tintas da antiguidade possuíam matérias orgânicas em sua composição.
Foi descoberto ainda que a mancha, na realidade, consiste em duas camadas de minerais, ambas contendo oxalato weddellita e whewellita, porém com composições gerais distintas, o que leva a crer que tenham origens diferentes. No entanto, a razão do surgimento das manchas ainda permanece desconhecido.
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