A Terra abriga uma diversidade de seres vivos, resultado da evolução. Mas será que o mesmo acontece em outros planetas? Uma pesquisa recente, publicada no Jornal da Sociedade Britânica Interplanetária, explora a possibilidade de haver, em exoplanetas, civilizações inteligentes presas simplesmente por não poderem explorar o espaço. Mas, por quê?
Inicialmente, o estudo, de autoria de Elio Quiroga, professor da Universidad del Atlántico Medio, na Espanha, apresenta dois conceitos sobre isso. O primeiro seria o fator de fuga dos exoplanetas. Ademais, a pesquisa trata do que chama de mundos aquários.
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O que seria o fator de fuga?
Segundo a pesquisa, planetas que possuam massas distintas apresentam, também, velocidades diferentes de escape. Só para exemplificar, a Terra tem velocidade de 11,2 km/s, o equivalente a mais de 40 mil quilômetros por hora. Muito, né?
Interessante observar que esse conceito também serve para explicar objetos balísticos que não tenham propulsão. E, ainda, viabiliza a comparação entre planetas distintos. Isso é possível porque não há dependência entre o ponto de referência e sua propulsão.
Acontece que exoplanetas maiores do que o nosso possuem, consequentemente, massas muito mais densas. Sendo assim, as velocidades também são mais amplas. E é justamente nisso que o artigo trabalha, pois relata a proporção entre a massa do planeta e a velocidade de escape.
Suponhamos que um foguete tentasse sair de uma super-Terra. Certamente, as condições seriam muito mais desafiadoras do que no nosso planeta. Talvez, chegariam ao ponto de inviabilizar a exploração do espaço, como aponta Quiroga.
De fato, conforme o pesquisador, mesmo utilizando uma quantidade inimaginável de combustível, uma nave espacial seria incapaz de sair destes planetas. Isso seria uma consequência da pressão sobre o objeto, caso a construção do foguete usassem os mesmos materiais que conhecemos.
Então, há civilizações presas em exoplanetas?
Inicialmente, exoplanetas seriam aqueles fora do Sistema Solar. Então, caso haja civilizações inteligentes vivendo neles, em condições de massa mais densa, possivelmente, não poderiam explorar o espaço.
Em outras palavras, a teoria da pesquisa é que as espécies estão fisicamente impossibilitadas de viajar pelo universo. A dificuldade, entretanto, não está apenas em sair do planeta, mas também voltar.
Na prática, uma espaçonave precisa controlar aquecimento e velocidade na reentrada, algo bem mais complexo em um planeta massivo.
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E o que seriam os mundos oceânicos?
Outro ponto que consta na pesquisa de Quiroga é a existência dos mundos oceânicos. Assim como nos planetas massivos, supostamente guardariam vida inteligente. Mas, as espécies também estariam presas por condições físicas.
Porém, neste caso, a impossibilidade seria desenvolver tecnologia em um oceano, principalmente se for constituído de águas geladas. Mas, essa seria uma realidade, talvez, bastante fictícia.
Quer ver o trabalho completo? Acesse este site, em inglês.
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