Recentemente, imagens capturadas pelo orbitador Mars Express da Agência Espacial Europeia revelaram estruturas na região da Cidade Inca em Marte, que se assemelham a pequenas aranhas.
Essa descoberta despertou a curiosidade de muitos sobre a possibilidade de vida complexa, como aranhas, habitando o Planeta Vermelho. Mas será que isso é verdade ou não passa de ilusão de ótica? Entenda em detalhes!
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Descoberta surpreendente
As formas semelhantes a aranhas foram detectadas brotando através de rachaduras na superfície marciana. Essas estruturas foram observadas na região da Cidade Inca, próxima ao polo sul de Marte.
O fenômeno ocorre durante a primavera marciana, quando a luz solar aquece as camadas de dióxido de carbono depositadas durante o inverno.
O processo por trás dessas formações é fascinante – mesmo que possa parecer desanimador para quem aguardava o anúncio de vida descoberta em Marte. Acontece que durante a primavera marciana, o gelo de dióxido de carbono na camada inferior transforma-se em gás devido ao aquecimento solar.
Esse gás acumula-se sob uma espessa camada de gelo, eventualmente rompendo-a. Isso cria uma pressão que faz com que a poeira escura do solo marciano seja expelida para cima, formando estruturas semelhantes a aranhas.
Contexto geológico da Cidade Inca
A Cidade Inca, também conhecida cientificamente como Angustus Labyrinthus, exibe uma rede linear de cristas, semelhante às ruínas Incas na Terra.
Essa formação, com aproximadamente 86 km de largura, sugere que pode ser uma cratera de impacto, com cristas formadas por lava que se elevou através da crosta marciana fraturada.
Algumas outras teorias também sugerem que dunas de areia podem ter se transformado em rocha ao longo do tempo, enquanto outras apontam para a possibilidade de vazamento de materiais como magma ou areia através de camadas fraturadas de rocha marciana.
Em todo caso, os cientistas ainda estão debatendo sobre a formação exata da Cidade Inca.
Mais detalhes da descoberta
As imagens mais recentes da Cidade Inca foram capturadas em fevereiro de 2024 pelo instrumento Cassis a bordo do ExoMars Trace Gas Orbiter da ESA.
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O próximo equinócio de primavera marciano está previsto para novembro de 2024, o que proporcionará mais oportunidades para estudar esse fenômeno.
Enfim, embora as estruturas semelhantes a aranhas em Marte despertem especulações sobre a possibilidade de vida complexa no Planeta Vermelho, a verdade é que esse fenômeno tem relação com os processos geológicos e atmosféricos de Marte.
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