Você gosta de estudar as relações humanas? Se sim, você deve conhecer a teoria do livro que surgiu há mais de três décadas: “As Cinco Linguagens do Amor,” do pastor Gary Chapman.
Basicamente a obra popularizou a ideia de que existem cinco formas principais de expressar e receber amor: palavras de afirmação, tempo de qualidade, dar presentes, atos de serviço e toque físico.
No entanto, uma recente pesquisa questiona a validade científica dessa teoria, levantando dúvidas sobre sua aplicabilidade nas complexidades dos relacionamentos amorosos. Vamos conhecer o novo conceito?
Críticas à teoria das linguagens do amor
A pesquisa, conduzida pela professora Emily Impett e sua equipe da Universidade de Toronto Mississauga, analisou 10 estudos e concluiu que as três premissas fundamentais das linguagens do amor carecem de sustentação científica.
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A teoria, popularizada por Chapman, baseia-se na ideia de que cada pessoa possui uma linguagem principal do amor, existindo cinco linguagens desse sentimento, e que casais com linguagens afetivas semelhantes teriam relacionamentos de maior qualidade.
Contudo, as evidências encontradas pela pesquisa indicam inconsistências nos estudos relacionados, sugerindo que existem outras maneiras de expressar e receber amor.
A pesquisa revela que o teste oficial proposto por Chapman, utilizado para identificar a linguagem principal do amor, apresenta limitações, forçando as pessoas a fazerem escolhas artificiais que podem não refletir suas verdadeiras preferências.
Além disso, aparentemente a pesquisa de Chapman foi feita com um grupo muito específico de pessoas, não atendendo a grande variedade de combinações existentes.
Metáfora alternativa
Os pesquisadores propõem uma metáfora alternativa, comparando os relacionamentos a uma “dieta equilibrada”. Enquanto a teoria das linguagens do amor implica que o amor é sentido apenas quando o parceiro fala a linguagem específica, a metáfora da dieta sugere que relacionamentos bem-sucedidos necessitam de uma variedade de nutrientes essenciais, assim como a nossa saúde.
Isso inclui elementos descritos nas cinco linguagens, mas vai além, abrangendo também companheirismo e apoio emocional.
A pesquisa destaca a necessidade de compreender a complexidade das relações amorosas, reconhecendo as particularidades individuais. Cada pessoa possui suas preferências e formas únicas de expressar e receber amor.
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Além disso, os pesquisadores enfatizam que a escolha de parceiros com a mesma linguagem do amor não garante automaticamente relacionamentos mais bem-sucedidos. A variedade de expressões de amor é essencial para a felicidade nos relacionamentos.
A escolha de amar
Antes de buscar fórmulas mágicas, precisamos entender que estar em um relacionamento é uma escolha diária. Renovar os votos diariamente é um ato de cuidado que permite tomar decisões mais assertivas para regar o amor, semelhante ao cuidado dedicado a uma planta.
Essa escolha diária fortalece os laços, promovendo relacionamentos saudáveis e duradouros. Segundo a pesquisa, não se trata apenas de doar tempo de qualidade ou toques físicos, afinal, em um relacionamento o apoio, o respeito e a comunicação aberta também são de suma importância. E você, como enxerga a busca pelo amor?
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