O renomado pesquisador Uttara Sutradhar, em sua recente descoberta, evidenciou um fenômeno preocupante nos Estados Unidos: a possível despovoamento nos EUA de milhares de cidades até o ano de 2100.
A fonte primária dessa análise é o estudo publicado na revista Nature Cities, no qual Sutradhar e sua equipe exploram as implicações demográficas e urbanas que podem moldar o futuro do país. Entenda os detalhes abaixo!
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Como aconteceu a pesquisa?
A pesquisa baseou-se em uma análise abrangente de dados coletados entre 2000 e 2020 pelo Censo dos EUA e pela American Community Survey.
Utilizando cinco cenários climáticos futuros, conhecidos como caminhos socioeconômicos compartilhados, os pesquisadores empregaram modelos matemáticos para prever mudanças nas populações urbanas.
Os resultados revelaram que quase metade das cidades dos EUA, aproximadamente 43%, enfrentam um despovoamento significativo, enquanto 40% estão experimentando crescimento e 17% mostram tendências flutuantes. As projeções indicam que até 2100, todos os estados terão cidades lidando com algum grau de despovoamento, exceto o Distrito de Columbia e o Havaí.
O despovoamento projetado está enraizado em uma complexa série de fatores, como: aumento dos preços dos imóveis, declínio industrial, taxas de natalidade mais baixas e os impactos das mudanças climáticas. Essas tendências refletem a necessidade crítica de abordar não apenas os efeitos, mas também as causas subjacentes desse fenômeno.
Impacto do despovoamento nos EUA e no mundo
O impacto potencial dessas mudanças demográficas é vasto, afetando serviços fundamentais como transporte, água potável, eletricidade e acesso à Internet. Regiões específicas dos EUA, como o Nordeste e Centro-Oeste, podem enfrentar um número maior de cidades despovoadas em comparação com o Sul e Oeste.
A solução proposta pelos pesquisadores envolve uma mudança nos métodos de planejamento, destacando a necessidade de abraçar princípios de adaptabilidade, modularidade e multifuncionalidade. O despovoamento projetado destaca preocupações sobre o futuro dessas comunidades e a infraestrutura que as sustenta.
Enquanto nos EUA o despovoamento se mostra como uma tendência crítica, no Brasil, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a população atingiu 203,1 milhões em 2022, refletindo um aumento de 6,5% em relação ao censo de 2010.
Mas, embora isso possa parecer positivo em relação ao fato apresentado anteriormente, surpreendentemente, a taxa de crescimento anual média de 0,52% entre 2010 e 2022 é a menor desde o primeiro censo em 1872. Isso sugere uma dinâmica demográfica distinta, marcada por um crescimento contínuo, mas em uma taxa historicamente baixa.
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Essas informações só destacam ainda mais a probabilidade de diminuição da população mundial. Um estudo realizado em 2020 concluiu que o número de pessoas no mundo atingirá o pico em 2064, em cerca de 9,7 bilhões de pessoas, antes de cair para 8,8 bilhões em 2100.
Outro relatório um pouco mais pessimista diz que a média populacional para 2100 é de 7 bilhões de pessoas.
Dessa forma, isso nos mostra que é necessária uma compreensão aprofundada para que os órgãos responsáveis invistam em estratégias futuras para lidar com essas mudanças.
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