Pesquisadores de diversas nacionalidades uniram esforços para criar um dispositivo portátil e não invasivo que promete mudar o cenário da detecção precoce de doenças neurodegenerativas como Alzheimer e Parkinson.
Este aparelho é capaz de identificar biomarcadores dessas doenças, transmitindo os resultados sem fio para dispositivos como laptops e smartphones. O mecanismo desse dispositivo se baseia em um transistor de efeito de campo (FET) com uma camada de grafeno, que se destaca por sua alta sensibilidade.
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Um importante fator em sua construção é a presença de uma cadeia única de DNA, funcionando como uma sonda ligante a proteínas específicas, incluindo beta-amiloide, tau e sinucleína. A interação desses amiloides com a sonda de DNA altera o fluxo de corrente entre os eletrodos, permitindo a detecção precisa de biomarcadores.
A capacidade de portabilidade e a facilidade de uso sem procedimentos invasivos são características distintas deste dispositivo, proporcionando a transmissão direta de resultados para equipamentos eletrônicos comuns.
Nos testes in vitro realizados com amostras de pacientes, o aparelho demonstrou uma precisão comparável aos métodos mais avançados de teste disponíveis atualmente.
Os desenvolvedores do projeto têm planos para expandir sua utilidade para a detecção de biomarcadores de outras condições médicas, além de realizar testes com amostras de saliva e urina.
Em contraste com os métodos de teste existentes, como punções lombares e ressonâncias magnéticas, este novo método se apresenta como uma alternativa menos invasiva e mais acessível, especialmente benéfica para pacientes com mobilidade reduzida ou dificuldades de acesso a instalações médicas especializadas.
A concepção deste projeto teve como base experiências anteriores da equipe durante a pandemia de COVID-19, quando desenvolveram um dispositivo semelhante para a detecção de proteínas do vírus SARS-CoV-2.
Este avanço anterior foi possível graças ao desenvolvimento de chips miniaturizados e à automação na produção de biossensores.
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Testes iniciais com proteínas amiloides provenientes de cérebros de pacientes falecidos por Alzheimer e Parkinson comprovaram a capacidade do biossensor em detectar biomarcadores específicos com alta precisão, mesmo em baixas concentrações e na presença de outras proteínas.
Embora a detecção de proteínas tau apresentasse alguns desafios, a abordagem do dispositivo em focar múltiplos biomarcadores assegura resultados confiáveis.
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