Nosso ambiente doméstico é um refúgio onde esperamos respirar ar fresco e viver em espaços limpos, não é mesmo? No entanto, mesmo as paredes brancas enfrentam o desafio de acumular substâncias do ar ao longo do tempo, comprometendo não só sua aparência, mas também a qualidade do ar interior.
Para resolver essa situação, uma nova solução pode mudar essa realidade: a tinta de parede autolimpante.
LEIA MAIS: 5 dicas importantes para cuidar dos seus fones de ouvido corretamente
Desafios das paredes brancas
Paredes pintadas de branco, enquanto inicialmente são deslumbrantes, também são mais propensas a manchas e descoloração devido à acumulação de substâncias do ar.
Eventualmente, isso leva a uma mudança de cor indesejada, exigindo retoques frequentes.
Para resolver a questão, pesquisadores da TU Wien e da Università Politecnica delle Marche desenvolveram uma solução: nanopartículas de óxido de titânio.
Essas nanopartículas, quando adicionadas à tinta de parede comum, conferem propriedades autolimpantes. Elas são fotocataliticamente ativas, o que significa que podem usar a luz solar para reter e decompor as substâncias do ar.
Autolimpeza por luz
Um dos aspectos de maior destaque dessa criação é a capacidade das nanopartículas de se autolimparem quando expostas à luz solar. O óxido de titânio modificado na tinta funciona como um fotocatalisador, desencadeando reações químicas que quebram os poluentes retidos na superfície da parede quando expostos à luz ultravioleta ou, até mesmo, à luz visível.
Isso, além de melhorar a qualidade do ar interior e manter as paredes com uma aparência limpa por mais tempo, também é uma tecnologia que apresenta benefícios ambientais e econômicos.
A matéria-prima para as nanopartículas de óxido de titânio é obtida a partir de resíduos, como restos de metal e folhas secas caídas, tornando o processo de fabricação mais sustentável e acessível.
Como a tinta autolimpante demonstrou sua eficiência
Ao longo do estudo, observou-se que a tinta autolimpante apresentou resultados impressionantes em termos de eficácia e durabilidade.
Os dados coletados revelaram que, após a adição das nanopartículas de óxido de titânio à tinta de parede comum, até 96% dos poluentes presentes no ar puderam ser degradados quando expostos à luz solar natural. Isso indica a capacidade da tinta de manter as superfícies das paredes limpas e livres de impurezas.
Além disso, foi observado que a cor da parede permaneceu estável ao longo do tempo, mesmo após exposição prolongada à luz solar. Isso se deve ao fato já explicado acima: os poluentes são ligados à superfície da parede, ao mesmo tempo em que são decompostos com a ajuda da luz solar.
Como resultado, as paredes mantêm sua boa aparência por um período prolongado, reduzindo a necessidade de retoques frequentes e garantindo uma estética agradável ao ambiente residencial.
LEIA MAIS: Temperatura do ambiente influencia na qualidade do seu sono, revelam estudos
Agora, com novos experimentos em andamento e planos futuros para comercialização, a tinta de parede autolimpante pode ajudar a transformar a maneira como concebemos e cuidamos de nossos ambientes interiores. Você gostaria de testar?
Para ler o artigo completo sobre a pesquisa, clique aqui.
0 comentários