Quem nunca se perguntou por que sonhamos acordados, não é mesmo? O fato é que é comum que, nos momentos oportunos, nossa mente vagueie por lembranças, memórias, desejos e experiências.
Por mais que isso pareça algo normal para nós, os neurocientistas ainda ficam intrigados com os motivos que levam a tal acontecimento. Então, um estudo publicado no dia 13 de dezembro na Nature, feito por pesquisadores da Harvard Medical School, colocou esforços para entender mais sobre o que acontece quando sonhamos acordados.
Como aconteceu a pesquisa para entender o que acontece quando sonhamos acordados?
A autora principal da pesquisa, Nghia Nguyen, estudante de doutorado em neurobiologia, está confiante e disse o seguinte sobre o projeto: “Queríamos saber como este processo de devaneio ocorria a nível neurobiológico e se estes momentos de reflexão tranquila poderiam ser importantes para a aprendizagem e a memória.”
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Assim, o estudo acompanhou a atividade de neurônios no cérebro dos ratos enquanto eles não estavam fazendo nada em particular. Descobriram que durante esses momentos tranquilos, os neurônios no cérebro desses animais mostraram padrões de atividade semelhantes aos que ocorriam quando os ratos olhavam para imagens reais.
Isso sugere que os ratos estavam “sonhando acordados” com essas imagens recentes.
Conclusão
Os padrões de atividade cerebral durante esses momentos de devaneio dos ratos foram capazes de prever como o cérebro deles responderia às imagens no futuro. Isso indica que esses devaneios podem desempenhar um papel importante na preparação do cérebro para lidar com experiências visuais posteriores, ajudando-o a aprender e a se adaptar a essas informações.
Além disso, outro ponto interessante foi que ao longo do tempo, os padrões de atividade cerebral associados a cada imagem se tornaram mais distintos no cérebro dos ratos. Isso sugere que o cérebro estava se ajustando e mudando sua forma de responder a essas imagens.
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Este estudo lança luz sobre uma faceta escondida e intrigante do funcionamento cerebral, mostrando como os momentos de devaneio durante a quietude podem desempenhar um papel fundamental na forma como o cérebro processa informações visuais e se adapta a novas experiências.
Portanto, ao revelar que esses momentos influenciam a maneira como o cérebro responde a estímulos visuais futuros, existe uma perspectiva valiosa sobre a importância desses estados de reflexão tranquila na aprendizagem e na plasticidade cerebral.
Em conclusão, a compreensão mais profunda pode, potencialmente, impactar não apenas o campo da neurociência, mas também levantar questões sobre a otimização do aprendizado e da memória em ambientes de tranquilidade mental.
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