A ansiedade é uma condição de saúde prevalente em todo o mundo, caracterizada por medo exagerado ou inapropriado, muitas vezes acompanhado por dificuldade na extinção do sentimento.
Durante a pandemia, esses distúrbios tornaram-se ainda mais significativos, infelizmente. Enquanto terapias de exposição e medicamentos como ansiolíticos e antidepressivos são opções terapêuticas comuns, a eficácia total desses tratamentos é limitada, destacando a necessidade de novas abordagens.
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Dito isso, vamos conhecer uma opção que pode trazer uma solução diferente?
Identificação da pesquisa
Uma equipe de pesquisadores liderada pela Universidade de Coimbra identificou uma molécula essencial na alteração das memórias de medo, potencialmente abrindo caminho para terapias mais eficazes no tratamento de distúrbios de ansiedade. O estudo, publicado na revista Molecular Psychiatry, focou na proteína TrkC, encontrada na amígdala, região cerebral associada ao controle da resposta ao medo.
Ao observarem a formação da memória de extinção do medo, os cientistas notaram um aumento na ativação da proteína TrkC na amígdala. As mudanças na plasticidade sináptica associaram-se a esse aumento, que é a capacidade dos neurônios de alterar sua comunicação em resposta a estímulos.
Essas descobertas fornecem insights importantes sobre os mecanismos subjacentes aos distúrbios de ansiedade e abrem novas possibilidades terapêuticas.
Limitações e próximos passos para o tratamento efetivo da ansiedade
Embora promissoras, as descobertas ainda requerem mais investigação. Os pesquisadores planejam identificar compostos capazes de ativar especificamente a molécula TrkC, visando desenvolver fármacos que possam ser utilizados em conjunto com terapias de exposição para o tratamento de distúrbios de ansiedade.
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Assim, o objetivo é combinar terapias de exposição com fármacos que promovem a plasticidade sináptica, podendo assim representar uma abordagem mais eficaz e duradoura no tratamento de distúrbios de ansiedade.
Afinal, como afirma a pesquisadora do Centro de Neurociências e Biologia Celular da UC (CNC-UC) e do Centro de Inovação em Biomedicina e Biotecnologia (CIBB), Mónica Santos: “As terapias de exposição, bem como o uso de fármacos, como ansiolíticos e antidepressivos, não são 100% eficazes no tratamento desses problemas de saúde e, por isso, esta pesquisa abre novas opções terapêuticas para esta categoria.”
Deste modo, essas descobertas têm o potencial de melhorar significativamente a qualidade de vida de milhões de pessoas que sofrem com os sintomas, mas, de fato, ainda há um longo caminho pela frente!
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