Do mesmo criador da tempestade solar, agora, temos a máxima solar. Objeto de estudo fascinante, o Sol faz com que pesquisadores de diversas áreas se concentrem em sua atividade. Pois, saiba que mais uma vem aí, mas pode ser que a gente até demore a notar.
O ciclo solar, como se chamam a atividade do Sol, varia em um ciclo de aproximadamente 11 anos. Tudo o que a estrela faz nesse período culmina em um período de intensa atividade, o auge solar. Embora previsível, o fenômeno ainda surpreende os cientistas.
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O que o ciclo tem a ver com a máxima solar?
A princípio, o ciclo solar se caracteriza pelo aumento e redução da atividade solar naquele período de 11 anos que mencionamos no começo. Sendo assim, ao longo deste ciclo, o Sol passa de uma etapa mais tranquila, sem as chamadas manchas solares, para outra de atividade mais intensa. Ou seja, a máxima solar.
Deste modo, essa fase é quando o Sol se torna mais ativo e, também, apresenta mais manchas escuras na superfície. Ainda que todo mundo saiba que aconteça, a máxima intriga por ser determinada conforme observações do Sol em um tempo específico.
Assim, compreende os seis meses antes e seis meses após o evento. E a escolha não é aleatória, mas essencial para que cientistas validem a diminuição real da atividade solar. Isso se dá sobretudo porque o comportamento do Sol pode mostrar padrões diferentes do que se previa.
Mas, afinal, o que são as manchas solares?
Ok, falamos em manchas solares, mas do que se trata?
De modo geral, são zonas escuras na superfície do Sol que indicam áreas de intensa atividade magnética. Em outras palavras, quando o campo magnético sobe até a superfície da estrela, geralmente próximo às regiões equatoriais da estrela, se manifesta como estas manchas solares.
Importante pontuar que a mancha é vista como “escura” devido ao aumento do magnetismo. Este, por sua vez, bloqueia a passagem de calor para a área. Consequentemente, essa região tem temperaturas mais baixas para os padrões de uma estrela incandescente (4 mil graus Celsius). Com isso, brilha de forma menos intensa que as demais zonas solares.
Ademais, cada mancha vem em pares, sendo um positivo magneticamente e outro, negativo. A maioria deles, entretanto, se dissolve à medida que as manchas solares caem. Contudo, ainda deixam um restinho de fluxo magnético de algumas de suas cargas.
Mas, embora sejam “sobras”, o papel que exerce tem grande influência, pois normalmente tem polaridade contrária ao do hemisfério solar onde aparecem. Assim, conforme o material atravessa o Sol, os restos se direcionam ao outro polo do hemisfério. Deste modo, acabam anulando uma parte do campo magnético por ali.
O que a máxima solar tem a ver com inversão dos polos?
Quando se fala em máxima solar, normalmente se fala também na inversão dos polos do Sol. Mas, o que isso significa? De modo geral, o campo magnético desempenha um papel fundamental no ciclo solar.
Durante o mínimo, a estrutura magnética da estrela assume uma forma de dipolo, ou seja, com os polos magnéticos bem definidos e alinhados ao eixo. No entanto, durante o máximo solar, a estrutura magnética fica mais complexa.
Assim, apresenta regiões ativas e, ao mesmo tempo, enfraquece os campos polares. Como resultado, tem regiões de campo aberto espalhadas e muitas vezes desorganizadas. Por isso, surgem fenômenos explosivos, por exemplo, ejeções de massa.
Segundo a NASA, isso ocorre porque os campos magnéticos do Sol se movem de dentro para fora, passando por diferentes camadas solares. Por exemplo, a zona de convecção, fotosfera, cromosfera e coroa.
Quando esses campos sofrem erupções, resulta em atividade solar. Importante pontuar que essa atividade toda pode afetar significativamente o espaço ao redor da Terra. Por exemplo, sistemas de comunicação, navegação por satélite e outros aspectos importantes para a tecnologia.
Em qual momento do ciclo solar estamos agora?
Diante de toda essa explicação, em qual ponto do ciclo solar estamos neste momento? A princípio, a atividade solar aumentando dia a dia. Por isso, existem controvérsias sobre quando pode ocorrer o próximo máximo solar.
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Enquanto equipes de pesquisadores assumem que seja entre janeiro e outubro deste ano, outras propõem uma nova forma de prever os ciclos solares. Para isso, tomariam, como base, eventos “terminadores”.
Dito de outra maneira, as ocorrências se baseiam em surtos de atividade solar entre ciclos, quando uma atividade anula a próxima. Trata-se do ciclo Hale, que ocorre até dois anos depois do mínimo. Segundo este método, a mudança do campo magnético solar pode ocorrer em meados de 2024, meses antes do máximo solar.
Em suma, o que se sabe é que a máxima solar ajuda a entender o comportamento do Sol, bem como o impacto no planeta. Mas, embora haja tantas expectativas, o Sol sempre pode surpreender. Logo, nos resta esperar!
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