Estudo científico aponta 12 hábitos para evitar demência no futuro

A demência representa uma preocupação crescente, atingindo aproximadamente 1,76 milhão de idosos no Brasil. Com a previsão de triplicar globalmente até 2050, torna-se imperativo adotar medidas preventivas para reverter esse cenário alarmante.

Um estudo recente, publicado no The Lancet Public Health e reforçado por pesquisadores brasileiros no jornal científico Alzheimer’s & Dementia, destaca 12 hábitos que, se implementados agora, podem reduzir e evitar significativamente os casos de demência no futuro.

12 hábitos para prevenir a demência

O impacto desses hábitos foi avaliado em mais de 9 mil brasileiros, revelando que a eliminação desses fatores de risco poderia prevenir 48,2% dos casos de demência no país. O estudo, ao desmistificar a influência genética, revela que apenas 3% a 5% dos casos de demência têm base genética, sendo que a maioria ocorre em fases avançadas da vida devido a fatores ambientais.

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1. Educação

Estudos mostram que a educação pode aumentar a capacidade cognitiva, sendo fundamental na meia-idade para garantir um melhor funcionamento cerebral na velhice.

Atividades como viajar, ter contato com música, praticar atividade física, ler e aprender um segundo idioma estão associadas à manutenção da cognição.

2. Controle da pressão arterial

Adotar um estilo de vida saudável, com alimentação equilibrada, exercícios, controle de peso e manejo do estresse, é essencial para prevenir esse fator de risco.

3. Preservação da audição

Um risco aumentado de demência é identificado a cada 10 decibéis de piora na audição.

A perda auditiva na meia-idade está ligada a prejuízos em áreas cerebrais essenciais para memória e aprendizado. Manter a saúde auditiva torna-se fundamental na prevenção da demência.

4. Prevenção de lesões cerebrais

Acidentes e práticas esportivas com impacto cerebral frequente aumentam o risco de demência. A relação entre exercícios com impacto cerebral, como no boxe e no futebol, destaca a importância de prevenir lesões cerebrais para proteger a saúde cognitiva.

5. Prática de exercícios

A inatividade física após os 65 anos é o quinto fator mais relevante para o aumento do risco de demência.

A realização de atividades físicas, de acordo com as recomendações da Organização Mundial da Saúde, mostra-se benéfica para a saúde cerebral.

6. Prevenção do diabetes

O diabetes tipo 2, relacionado ao excesso de glicose na circulação, aumenta o risco de demência. Manter um peso saudável e adotar hábitos saudáveis são medidas essenciais para prevenir o diabetes e, consequentemente, proteger contra a demência.

7. Moderação no consumo de álcool

A orientação é evitar o consumo excessivo, uma vez que não existe uma quantidade segura de álcool.

8. Manutenção de um peso saudável

Sobrepeso e obesidade estão associados a diversos problemas de saúde, incluindo demência. Adotar hábitos saudáveis, como alimentação equilibrada e prática de esportes, é fundamental para prevenir o acúmulo de peso extra e proteger a saúde cerebral.

9. Abandono do tabagismo

Largar o cigarro, mesmo em idades mais avançadas, reduz o risco de demência. Além disso, a probabilidade de deterioração da memória é maior entre fumantes passivos, destacando os benefícios de deixar de fumar.

10. Tratamento da depressão

A ligação entre depressão e maior risco de demência é explicada por diversos mecanismos. Investir em bons hábitos, como alimentação saudável, exercícios, manter vínculos sociais e buscar tratamento adequado, é essencial na prevenção da depressão e, consequentemente, da demência.

11. Estimulação social

Manter relações sociais e evitar o isolamento são ferramentas poderosas para aumentar a reserva cognitiva.

Estratégias como exercícios físicos em grupo, trabalho voluntário e participação em cursos contribuem para o aumento do círculo social e exercitam o cérebro.

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12. Redução da exposição à poluição

Estudos em animais indicam que poluentes atmosféricos aceleram processos neurodegenerativos.

Minimizar a exposição à poluição, evitando atividades físicas em locais com alta circulação de veículos e trocando regularmente o filtro do ar-condicionado do carro, é fundamental para reduzir os risco de demência relacionados à poluição.