A China está cada vez mais proibindo o uso de iPhones e outros dispositivos estrangeiros em agências governamentais e empresas estatais, de acordo com informações da Bloomberg. Isso faz parte de uma estratégia mais ampla do país para reduzir sua dependência de tecnologias estrangeiras e fortalecer marcas e tecnologias locais.
Contexto da proibição chinesa
No início, em setembro de 2023, a proibição afetava apenas algumas agências em regiões como Pequim e Tianjin. Agora, a medida foi expandida para pelo menos oito províncias, incluindo algumas áreas costeiras prósperas da China, o que representa um aumento significativo no alcance da proibição inicial.
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Apesar dos rumores iniciais de que a China Mobile, a maior operadora do país, não iria vender o iPhone 15, o dispositivo ainda está disponível na China. O CEO da Apple, Tim Cook, informou que as vendas na China caíram 2% no último trimestre, principalmente devido à queda nas vendas do Mac. No entanto, ele ressaltou que o iPhone 15 Pro estava tendo um bom desempenho no mercado chinês.
A perspectiva da Segurança Nacional
Há mais de uma década, a China vem buscando reduzir sua dependência de tecnologias estrangeiras. O movimento atual, que inclui a promoção de marcas locais e a produção nacional de semicondutores, está alinhado com essa diretriz de longo prazo. Nos últimos meses, esse esforço se intensificou, com pequenas empresas e agências em cidades menores emitindo suas próprias diretrizes.
Repercussões e respostas
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A Apple ainda não respondeu aos pedidos de comentário sobre a proibição feitos pela Agência Reuters. A questão é complexa e está inserida em um contexto mais amplo de tensões comerciais e de segurança entre China e Estados Unidos, especialmente considerando a proibição de marcas chinesas como a Huawei nos EUA por questões de segurança.
A proibição do uso de iPhones por funcionários do governo e empresas estatais na China pode ser comparada, em certos aspectos, com as medidas adotadas pelos Estados Unidos em relação ao aplicativo TikTok. Ambas as medidas refletem preocupações crescentes de segurança nacional e uma tendência de nacionalismo tecnológico.
Nos Estados Unidos, o governo expressou preocupações quanto à segurança dos dados e à possível influência do governo chinês por meio do TikTok, um aplicativo de mídia social de propriedade chinesa. Essas preocupações levaram a discussões sobre a proibição ou restrição do uso do TikTok, especialmente em dispositivos governamentais, sendo semelhante à postura da China em relação aos iPhones.
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