Você já ouviu falar que nadar logo após comer é perigoso? Este conceito, amplamente disseminado, é mais um mito do que uma realidade científica. Muitos de nós crescemos ouvindo de nossos pais que precisávamos esperar depois de comer antes de pular na piscina. Porém, a ciência sugere que essa precaução pode não ser necessária.
A origem do mito sobre nadar após comer
Dr. Michael Boniface, médico de emergências, explicou em entrevista ao Mayo Clinic Minute que a crença antiga se baseava na ideia de que comer desviava o sangue para o estômago para a digestão. Como resultado, o fluxo sanguíneo para braços e pernas reduziria, o que poderia causar cansaço ou fadiga e aumentar o risco de afogamento.
No entanto, acontece que essa teoria não tem suporte na literatura científica moderna.
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A origem dessa crença pode ser traçada até o manual de 1908, “Scouting for Boys”, que alertava sobre o risco de cãibras se a pessoa nadasse dentro de uma hora e meia após comer. O livro alegava que isso poderia causar dores intensas e incapacitar o movimento dos membros, levando ao afogamento. Contudo, essa informação é desmentida por pesquisas mais recentes.
Em 2011, o Conselho Científico Consultivo da Cruz Vermelha Americana revisou a literatura existente sobre nadar depois de comer. O resultado? Não encontrou nenhuma incidência de afogamento fatal ou não fatal associada a essa prática, seja em natação recreativa ou competitiva.
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Embora comer uma refeição pesada antes de nadar possa não ser a mais confortável das experiências—especialmente se combinada com ondas artificiais em uma piscina—o risco de afogamento diretamente relacionado à prática é improvável.
Portanto, na próxima vez que você acabar um buffet de café da manhã no hotel durante as férias e quiser pular na piscina logo em seguida, lembre-se de que a ciência está do seu lado. Aproveite o seu tempo na água, porém com cautela, pois, apesar de tudo, você ainda pode se sentir nauseado caso nade de “barriga cheia”!
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