Em 28 de julho de 1945, um acontecimento trágico e surpreendente marcou a história do Empire State Building, em Nova York. Betty Lou Oliver, uma jovem de 20 anos, sobreviveu a uma queda de 75 andares dentro de um elevador, após um avião B-25 colidir com o edifício.
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Descubra mais sobre esse curioso incidente.
As causas do acidente
Infelizmente, o acidente foi desencadeado por uma série de erros e condições adversas. Naquela manhã, o tenente-coronel William F. Smith, um piloto experiente de 27 anos, pilotava um bombardeiro B-25 em uma missão de transporte de pessoal militar de Massachusetts para o Aeroporto Metropolitano de Newark, em Nova Jersey.
Nova York estava coberta por uma espessa neblina, reduzindo drasticamente a visibilidade.
Smith deveria ter mantido uma altitude mínima de 2.000 pés (609 m) sobre Manhattan, conforme as regulamentações aéreas da época.
No entanto, devido à baixa visibilidade e a um erro de navegação, ele voava a apenas 913 pés (278 m) quando colidiu com o Empire State Building entre o 78º e o 80º andar.
A colisão foi devastadora, as asas do avião foram arrancadas e os tanques de combustível explodiram, causando um incêndio que demorou 40 minutos para ser controlado.
Os motores do avião se desprenderam, com um deles caindo no poço do elevador.
A queda e sobrevivência de Betty Lou Oliver
Betty Lou Oliver estava trabalhando temporariamente como ascensorista (profissional que atuava operando elevadores) no Empire State Building enquanto aguardava o retorno de seu marido da Segunda Guerra Mundial. No momento do impacto, ela estava no 80º andar, e a força da colisão a lançou para fora da cabine do elevador.
Gravemente ferida e queimada, Betty foi resgatada por socorristas e colocada em outro elevador para ser levada ao térreo. No entanto, os cabos do elevador estavam danificados e se romperam, fazendo com que a cabine despencasse 75 andares até o porão.
Durante a queda, Betty permaneceu consciente e descreveu a sensação aterrorizante de descer em alta velocidade, tentando se segurar nas laterais do elevador para não flutuar.
O resgate e a recuperação
A queda do elevador foi amortecida pela pressão do ar no poço e pelos cabos cortados que se amontoaram no fundo, o que provavelmente salvou a vida de Betty. O impacto no porão foi brutal, mas Betty sobreviveu com múltiplas fraturas, incluindo no pescoço, nas costas e na pélvis.
Após ser resgatada dos destroços, Betty foi levada ao Hospital Bellevue, onde passou quatro meses em recuperação.
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Apesar de suas graves lesões, Betty conseguiu voltar a andar, embora precisasse usar uma cadeira de rodas regularmente durante algum tempo, ela continuou sua recuperação na casa de sua tia antes de retornar para Arkansas.
Betty teve 3 filhos com o marido, Oscar Lee, e faleceu 54 anos depois do acidente, aos 74 anos, em 24 de novembro de 1999.
Outros acidentes semelhantes
Ao longo da história, outros acidentes com elevadores desafiaram as chances de sobrevivência:
- Acidente no edifício John Hancock Center: em 1995, um elevador no John Hancock Center em Chicago caiu do 95º para o 12º andar devido a um cabo rompido. Felizmente, os freios de emergência funcionaram e ninguém morreu.
- Desabamento de elevador em Boston: em 2001, um elevador em um edifício em Boston caiu do 4º andar até o térreo, matando o ocupante. O incidente resultou em uma investigação que revelou falhas de manutenção.
- Acidente no edifício CTF Finance Centre: em 2017, um elevador no CTF Finance Centre, na China, despencou 79 andares devido a uma falha mecânica. Os ocupantes sobreviveram graças aos sistemas de segurança modernos que amorteceram a queda.
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