A tecnologia está sempre evoluindo e, com ela, surgem mitos que podem nos confundir e nos levar a acreditar em coisas que não são verdadeiras. Para te ajudar a separar o falso do real, abaixo vamos listar 9 mitos tecnológicos importantes que precisam ser desvendados. Confira!
1. O modo de navegação anônima é totalmente privado
Muitas pessoas acreditam que ao usar o modo de navegação anônima ou privada, estão na internet de forma totalmente privada e anônima. Entretanto, isso não é totalmente verdadeiro. Entenda o porquê:
- O modo de navegação privada apaga cookies e dados de rastreamento após fechar a janela, mas não impede que os sites ou seu provedor de internet (ISP) saibam para onde você está indo.
- Cada navegador possui uma impressão digital única, que não está relacionada aos cookies, e os sites podem usá-la para rastrear sua atividade.
- O uso de uma VPN no modo de navegação anônima pode ajudar, mas ainda há limitações.
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2. Pessoas comuns não são alvos de crime cibernético
Algumas pessoas pensam que, por não serem figuras públicas ou celebridades, não são alvos para crimes cibernéticos. No entanto, todos têm informações pessoais valiosas que podem ser alvo de hackers. Entenda a explicação disso em detalhes:
- Todos possuem informações pessoais privadas valiosas, como números de cartão de crédito, números de seguro social, entre outros.
- Mesmo que você seja “pequeno”, seus dados podem ser encontrados, vendidos e revendidos por criminosos.
- Violões automatizados procuram qualquer dado útil, atingindo o maior número possível de alvos.
Por esses motivos, recomenda-se usar senhas únicas para cada site, utilizando também serviços de proteção contra roubo de identidade.
3. Macs e iPhones da Apple não podem obter malware
Existe a ideia equivocada de que dispositivos da Apple, como Macs e iPhones, estão imunes a malware. Mas, eles não são invulneráveis e também podem ser alvo de ataques. Saiba mais:
- Mesmo com o “jardim murado” da Apple, que dificulta a entrada de malware, ainda existem brechas de segurança.
- Manter os dispositivos atualizados com as últimas correções de segurança é indispensável.
- Dispositivos desbloqueados sofrem maior risco, e usuários devem ter cuidado com aplicativos não verificados.
4. A inteligência artificial faz tudo como humanos fazem
Alguns acreditam que a inteligência artificial (IA) já atingiu a capacidade de pensar e sentir como humanos. No entanto, a IA atual está longe de ser assim. Entenda o porquê:
- A IA atual é limitada, e mesmo que pareça responder como se entendesse, ela apenas imita padrões baseados em dados.
- IA generativa como ChatGPT usa padrões para criar novos textos, mas não tem consciência ou sentimentos.
- O desenvolvimento de uma IA com consciência de nível humano pode levar décadas e requer arquiteturas ainda não construídas.
5. A Alexa grava tudo
Há uma crença de que dispositivos como Amazon Echo estão constantemente gravando e armazenando conversas privadas. Contudo, isso não é verdade. Veja o motivo:
- Dispositivos como Amazon Echo só começam a gravar após ouvirem a palavra de ativação, como “Alexa”.
- Eles não gravam tudo, a menos que ativados, como para o recurso Alexa Guard, que pode ser configurado para identificar vidros quebrados, por exemplo.
- Usuários podem revisar e excluir históricos de voz no aplicativo Alexa para maior privacidade.
- É possível configurar o Echo para não salvar a voz gravada ou enviar dados para a Amazon.
6. Os telefones tiram fotos como câmeras
Muitas pessoas acreditam que os avanços nas câmeras de celulares as tornam equivalentes às câmeras dedicadas com lentes específicas. Mas, há diferenças significativas. Entenda:
- Embora as câmeras de telefone tenham melhorado muito, as câmeras full-frame dedicadas ainda oferecem qualidade superior.
- O número de megapixels não é o único fator determinante da qualidade da imagem; o tamanho do sensor é fundamental.
- A fotografia computacional em telefones pode simular recursos de câmeras maiores, mas tem suas limitações.
- Câmeras dedicadas oferecem mais controle sobre exposição, velocidade do obturador e outras configurações.
7. As baterias desenvolvem uma “memória”
Existe o mito de que as baterias de dispositivos modernos precisam ser descarregadas até zero para evitar problemas de “memória”. No entanto, isso não se aplica às baterias de íons de lítio. Confira a explicação:
- Baterias modernas de íons de lítio não desenvolvem memória como as antigas de níquel-cádmio. Com essas baterias, se você não as descarregasse completamente antes de recarregar, elas “lembravam” o ponto em que foram recarregadas anteriormente e perdiam capacidade.
- O problema das baterias é a capacidade e a degradação ao longo do tempo e, reduzir a bateria até zero frequentemente pode realmente acelerar a degradação.
- A melhor prática é manter a bateria entre 20% e 80% para prolongar sua vida útil.
8. Carregar um celular durante a noite danifica a bateria
Há uma preocupação de que deixar um telefone carregando durante a noite pode danificar a bateria. No entanto, os telefones modernos têm sistemas para evitar esse problema. Saiba mais:
- Os smartphones interrompem o carregamento quando atingem 100%, evitando sobrecarga.
- Os dispositivos têm sistemas de gerenciamento de energia para preservar a vida útil da bateria.
- Deixar um telefone carregando durante a noite pode não trazer problemas, mas evite colocá-lo em locais onde o calor pode se acumular, pois isso traz riscos.
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9. Torres 5G causam problemas de saúde
Existe um mito de que as torres 5G causam problemas de saúde, como câncer. No entanto, as evidências científicas não sustentam essa afirmação. Entenda em detalhes:
- As frequências do 5G estão dentro do espectro de rádio que tem sido usado por décadas, sem evidências de efeitos nocivos.
- Organizações de saúde, como a Organização Mundial da Saúde (OMS), afirmam que os riscos do 5G são menores em comparação com atividades diárias, como dirigir.
- Medos em torno do 5G podem ser baseados em desinformação e mitos sem fundamento científico.
- A exposição a campos eletromagnéticos de 5G é considerada segura dentro dos limites estabelecidos pelas autoridades de saúde.
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