O mundo pré-histórico sempre nos fascinou, não é verdade? Por isso, tanta gente visita ou, ao menos, se interessa pelas descobertas geológicas, como dinossauros e até sinais iniciais da vida humana. Mas, e se a gente te dissesse que ainda existem, pelo menos, 6 fósseis vivos vivendo no planeta? Essas espécies, aliás, são fundamentais para entender a própria evolução dos seres modernos.
Estes fósseis vivos são, inegavelmente, tesouros biológicos que desafiam o tempo. De árvores a peixes, nos ajudam a desvendar os segredos da vida na Terra, desde os seus primórdios. Então, vamos descobrir quais são?
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O que são Fósseis Vivos?
Antes de tudo, vamos entender o que são, exatamente, os fósseis vivos? De modo geral, são organismos de grupos biológicos modernos que, entretanto, permaneceram praticamente inalterados ao longo de eras geológicas.
Ou seja, são as espécies que sobreviveram a mudanças cataclísmicas, mantendo suas características morfológicas dos ancestrais pré-históricos. Por isso, especialistas os colocam como janelas para o passado, oferecendo pistas sobre a evolução da vida e a história do nosso planeta.
Fósseis vivos que ainda habitam nosso planeta
1. Caranguejo-Ferradura
Os caranguejos-ferradura são animais pré-históricos do Período Ordoviciano. Apesar do nome, não é exatamente um caranguejo, mas parente distante de aranhas e escorpiões.
A princípio, existem quatro espécies atuais na família Limulidae, localizadas na Ásia e América do Norte, que se reproduzem em águas litorâneas, onde as fêmeas depositam muitos ovos na areia.
Praticamente um sobrevivente, o caranguejo-ferradura é um artrópode cuja carapaça lembra um capacete. Ao longo de sua existência, testemunhou (e resistiu) a extinção de criaturas como os trilobitas e os orthoceras.
Contudo, vale destacar que sua incrível capacidade de adaptação o permitiu prosperar em condições ambientais desafiadoras. Hoje, integra pesquisas em laboratório devido à presença do cobre no seu sangue-azul.
2. Tuatara
Nativo das ilhas da Nova Zelândia, o tuatara é, sobretudo, um enigma evolutivo. Com um terceiro olho misterioso e uma dupla fileira de dentes superiores, este réptil não é um lagarto. Pelo contrário, trata-se do último representante de uma ordem antiga, os Rhynchocephalia.
Até bem pouco tempo, apenas fósseis fragmentados davam pistas sobre suas origens. Até que, finalmente, a descoberta de um fóssil quase completo em 2022 revelou que o Tuatara moderno mantém características de seus ancestrais de 190 milhões de anos atrás.
3. Náutilo é um dos fósseis vivos (mas, corre perigo)
Você pode até não saber, mas os náutilos são criaturas muito, muito antigas. A princípio, são moluscos cefalópodes marinhos com uma casca dura, relacionados a lulas e polvos. Habitam o alto-mar e recifes de coral do Oceano Indo-Pacífico e, teoricamente, inacessíveis aos humanos devido à alta pressão das profundezas.
Por isso, só dá para estudar estes moluscos por meio de amostras coletadas por armadilhas. Presentes no registro fóssil há meio bilhão de anos, eles são mestres em detectar presas usando sinais químicos.
Porém, suas conchas são valorizadas para arte e joias, o que acabou colocando suas populações em risco de extinção. Mas, felizmente, agora há regulações para evitar sua superexploração. A família Nautilidae é conhecida desde o Triássico e são considerados “fósseis vivos” por Darwin, mantendo-se inalterados por mais de 200 milhões de anos.
4. Celacanto
Os celacantos são peixes robustos (e antigos) com barbatanas que se parecem com membros, além de uma cauda. Por isso, se movem como se estivesse andando.
Atualmente, são encontrados nas profundezas das costas da África e da Indonésia. Originários do período Devoniano, pensava-se extintos há 70 milhões de anos até um espécime vivo ser descoberto em 1938.
Hoje, duas espécies sobrevivem, conhecidas como Latimeria, que se mantiveram praticamente inalteradas por 100 milhões de anos. Ademais, os consideram um elo vital para compreender a transição da vida aquática para a terrestre.
5. Ginkgo Biloba
Sim, temos uma árvore entre os fósseis vivos! Testemunha da era Permiana, há 270 milhões de anos, a espécie de folhas em leque viu dinossauros e inspirou poetas da Dinastia Song.
Apesar de quase desaparecer durante as eras glaciais, sobreviveu graças ao cultivo milenar na China. Hoje, adorna ruas e templos, um símbolo de resiliência e história. Sem falar na sua fama de preservar a memória.
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6. Tubarão-elefante
O tubarão-elefante, também chamado de tubarão-fantasma australiano, não é um verdadeiro tubarão, mas uma quimera da subclasse Holocephali. Divergindo dos tubarões há mais de 450 milhões de anos, esses peixes cartilaginosos são notáveis pelo focinho distintivo e habitam as plataformas continentais da Austrália e Nova Zelândia.
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