Vazamento de dados do Google: como isso afeta o SEO e o algoritmo de busca?

Entenda as novas revelações sobre o algoritmo de busca do Google e como adaptar suas estratégias de SEO.

| Em 05/06/2024 10:30

Se existe um assunto que deixa produtores de conteúdo em pé é sobre como funciona o algoritmo do Google. Afinal, o objetivo é que os sites dos quais cuidam fiquem nas primeiras posições de busca, certo? Mas, um recente vazamento de dados do Google revelou detalhes intrigantes sobre isso. A confusão está principalmente no conflito entre o que está nos documentos e as declarações públicas da Big Tech. Por isso, especialistas em SEO e produtores de conteúdo ficaram de olhos abertos a todas as informações agora públicas.

Antes de tudo, vale lembrar que o Google teve mudanças consideráveis na classificação dos conteúdos e, consequentemente, dos sites. Uma das principais é a valorização da experiência da pessoa usuária. Na prática, aquilo que se escreve deve ter, além de qualidade, originalidade. Ou seja, nada de usar a inteligência artificial para redigir aquele textão complexo de 3 mil palavras.

Você pode até apostar na IA para estruturar e dar insights, mas o que for para o site tem que ser de autoria própria. Do contrário, o site inteiro pode ser penalizado.

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Ocorre que o vazamento de dados do Google colocou para jogo alguns posicionamentos ambíguos, inclusive sobre isso. Então, entenda como este “bafão” pode influenciar o SEO e o algoritmo de busca. Mais ainda, o que você, que produz conteúdos digitais, precisa saber para se adaptar às novas revelações.

O que tem no vazamento de dados do Google?

De modo geral, os documentos que se tornaram públicos trouxeram várias informações importantes sobre como o algoritmo de busca funciona. E saber disso é essencial não apenas para quem trabalha com SEO, mas qualquer pessoa que deseja otimizar a visibilidade de seu conteúdo. Entre os principais pontos, estão:

  • Limite de páginas indexadas: o Google pode definir um número máximo de páginas ou postagens de um site que aparecerão nos resultados de busca.
  • Taxas de Cliques e Tempo de Permanência: ao contrário do que se afirmou anteriormente, as taxas de cliques (CTR) e o tempo que os usuários passam em uma página são, de fato, métricas utilizadas para definir o ranqueamento dos sites.
  • Classificação de temas sensíveis: o Google possui classificadores específicos para temas sensíveis, como eleições, levando em conta o teor político dos sites ao definir suas posições no ranking.
  • Pontuação de autoridade: existe uma pontuação de autoridade geral para os sites, chamada “siteAuthority“. Isso afeta marcadamente o ranqueamento. Esta informação contraria declarações anteriores do Google que negavam a existência de uma “autoridade de domínio geral“.
  • Uso de dados do Google Chrome: dados coletados pelo Google Chrome, como visualizações de páginas, são utilizados para ranquear os sites. Anteriormente, o Google havia afirmado que não usava esses dados.

Mais mudanças

Além de tudo isso, outras revelações do vazamento de dados do Google tratam de:

  • Despriorização de conteúdos: segundo o vazamento de dados do Google, conteúdos podem ser despriorizados no topo da busca se contiverem determinadas informações. Por exemplo, links que não correspondem ao site alvo, links de pornografia ou que gerarem insatisfação do usuário.
  • Histórico de versões das páginas: o Google mantém um histórico de cada versão de todas as páginas indexadas. Só para ilustrar, o algoritmo analisa até 20 alterações em uma URL ao determinar a relevância dos links.
  • Longevidade dos sites: os sites são avaliados pelo tempo em que estão no ar. A princípio, o comando “hostAge” é o responsável por essa análise.
  • Diretriz E-E-A-T: o Google não foi totalmente transparente sobre a diretriz E-E-A-T (Experiência, Especialização, Autoridade e Confiabilidade). Embora a empresa afirme que ela visa melhorar a experiência do usuário, aparentemente também é usada para ranquear as páginas.

O que isso significa para quem cria conteúdo?

Inicialmente, todas essas revelações com o vazamento de dados do Google afetam o SEO. Para quem não sabe, trata-se da Otimização para Motores de Busca, ferramenta vital para qualquer página que busca relevância e tráfego.

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Em resumo, os documentos mostram que o Google utiliza mais de 14 mil indicadores para ranquear os sites, incluindo taxa de cliques (CTR) e tempo de permanência do usuário. Esses parâmetros são fundamentais para definir a visibilidade de um site nos resultados de busca. Sendo assim, quem cria conteúdo digital precisa revisar suas estratégias de SEO. Mais do que nunca:

  • focar na qualidade do conteúdo
  • otimizar a experiência do usuário
  • monitorar a performance no Google Chrome
  • entender e aplicar corretamente o conceito de E-E-A-T (Experiência, Especialização, Autoridade e Confiabilidade)

E o que o Google diz sobre tudo isso? A princípio, a gigante de tecnologia confirmou a veracidade dos documentos. Entretanto, alerta para a interpretação cautelosa das informações. Por isso, destaca que muitas das informações que vazaram podem estar fora de contexto ou desatualizadas. Mesmo assim, essas revelações proporcionam uma visão mais clara de como a gigante das buscas opera.

  • Luciana Gomides

    Jornalista e assessora de comunicação e imprensa com experiência em Comunicação Pública, Gestão de Eventos, Marketing Digital, análise e estratégia, gerenciamento de crises, produção e redação de conteúdo. Já trabalhou em diversos projetos e segmentos na área, inclusive como gerente de Comunicação na Educação Municipal, período em que desenvolveu produtos audiovisuais para permitir o acesso a conteúdos pedagógicos durante a pandemia. Ainda, criou áreas de Ouvidoria e Eventos Virtuais. É pesquisadora de Comunicação Compartilhada/Comunitária, Marketing Público e Políticas Públicas para Comunicação. Atuou na área de turismo e hotelaria. Especialista em Marketing e Assessoria de Comunicação.

Tags: google | seo

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