O mundo atualmente conta com uma população de 8 bilhões de habitantes. Muita gente, né? E vai aumentar, pois se trata de um número que não para de crescer. Mas até quando essa tendência durará? Será que o planeta tem espaço para todos? Em outras palavras, quantas pessoas cabem na Terra?
Quando observamos uma megacidade, como São Paulo e Nova York de cima, sempre pensamos como é possível caber tanta gente. Essa pergunta, talvez, guie especialistas de todo o mundo sobre qual o pico populacional no planeta. Por isso, há anos, cientistas vêm estudando estimativas e crescimento populacional e o que influencia nestes conceitos.
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As estimativas populacionais ao longo dos anos
Só para entender o quanto essas discussões são antigas, ainda em 1679, Antoni van Leeuwenhoek, pioneiro da microscopia, ousou estimar quantas pessoas caberiam na Terra: 13,4 bilhões. E, ao que tudo indica, não deve estar tão errado assim, né?
O fato é que, desde suas previsões, desvendar o enigma da capacidade de carga do planeta se tornou um desafio para cientistas de diversas áreas. Neste sentido, as projeções divergem bastante. Alguns, por exemplo, apontam para menos de um bilhão, enquanto outros ultrapassam a casa do trilhão!
E o que está por trás do crescimento populacional? Uma série de fatores! Mas, antes de tudo, vale analisar o quanto o boom de pessoas habitando na Terra foi meteórico nas últimas décadas. Veja:
- em 1800, éramos apenas 1 bilhão
- em 1927, essa cifra dobrou para cerca de 2 bilhões
- quase cinco décadas depois, ou seja, em 1974, a população já era de 4 bilhões
E em menos de 50 anos, chegamos aos 8 bilhões atuais! O que contribuiu para esse crescimento (e a dúvida cada vez maior de quantas pessoas cabem na Terra):
- Industrialização: as cidades se tornaram polos de oportunidades, atraindo mão de obra do campo.
- Eficiência agrícola: a mecanização do campo liberou mão de obra para outros setores.
- Taxas de fertilidade: em áreas rurais, a natalidade costuma ser mais alta.
Uma vez que todos estes fatores perduram e, inclusive, foram otimizados, aí é que a população deve crescer mesmo, né?
O debate sobre quantas pessoas cabem na Terra
E as discussões sobre a capacidade da Terra continuam! Primeiramente, Adrian Raftery, professor da Universidade de Washington, acredita que o pico populacional será de 11 bilhões por volta de 2100. Já Christopher Tucker, presidente do conselho da Sociedade Geográfica Americana, é mais pessimista.
Para ele, o limite seria de 3 bilhões, número que, obviamente, já ultrapassamos. Mas, não foi só disso que passamos, não. Segundo ele, também quebramos os limites da dívida ecológica da humanidade e a destruição da natureza.
De fato, já dá para ver isso, sobretudo pelas tragédias climáticas como as chuvas que assolaram o Rio Grande do Sul, por exemplo. Entretanto, o pesquisador defende que o empoderamento feminino e o acesso ao planejamento familiar seriam soluções para conter o crescimento populacional.
Cidades sob pressão
Mais do que a preocupação com quantas pessoas cabem na Terra, é bom analisar os imensos desafios que esse crescimento urbano desenfreado traz:
- Superpopulação: cidades lotadas, com infraestrutura precária e serviços públicos sobrecarregados.
- Desigualdade social: aumento da pobreza, da fome e da violência.
- Degradação ambiental: poluição, escassez de recursos e impactos no clima.
Ainda conforme dados e estudos, o continente africano é o que enfrenta o desafio mais urgente. Seus 54 países, sozinhos, concentram uma população, de 1,3 bilhão de pessoas. Em 80 anos, esse número deve chegar a 4,3 bilhões!
Algumas cidades, inclusive, já sofrem com o superpovoamento e a falta de infraestrutura adequada. É o caso de Lagos, capital da Nigéria. Fora de lá, já na Ásia, Dhaka (Bangladesh) e Mumbai (Índia) também passam pelos mesmos problemas.
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Quantas pessoas cabem na Terra: um planejamento populacional
A princípio, não dá para executar um plano tão efetivo de crescimento demográfico. Um dos motivos seria a queda da fertilidade, algo natural e difícil de controlar. O fato é que as estimativas sobre o quanto a população deve crescer continuam.
Neste sentido, as projeções indicam que o pico populacional deve ocorrer no final do século XXI, seguido por um declínio gradual. A Organização das Nações Unidas (ONU) estima um máximo de 10,4 bilhões na década de 2080, enquanto o IHME prevê 9,7 bilhões em 2064.
Mas, em vez de nos fixarmos em números, a discussão deve girar em torno de como melhorar as condições de vida das futuras gerações. Investir em educação, saúde e bem-estar é fundamental para um futuro mais próspero e sustentável.
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