A era da inteligência artificial vive um avanço notável com o Predicting Image Geolocations (PIGEON), uma criação de Michal Skreta, Silas Alberti e Lukas Haas, estudantes da Stanford. Essa criação, inicialmente voltada para identificar locais no Google Street View, agora tem a capacidade de determinar a geolocalização de fotografias pessoais inéditas.
O PIGEON se baseia no CLIP, uma estrutura neural da OpenAI, treinada com meio milhão de imagens do Street View. Surpreendentemente, esse sistema acerta a nação de origem das fotos em 95% dos testes e alcança uma precisão de 40 quilômetros para localizações específicas.
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Esse avanço traz benefícios tangíveis: desde auxiliar biólogos em estudos ambientais até ajudar na identificação de locais em fotografias antigas.
Problemas trazidos pela tecnologia
No entanto, surge um dilema ético. Jay Stanley, da American Civil Liberties Union, adverte sobre as implicações perigosas dessa tecnologia, incluindo vigilância estatal e corporativa e riscos de perseguição individual.
O PIGEON nasceu de um desafio acadêmico na disciplina Ciência da Computação 330 de Stanford. Inspirados pelo jogo GeoGuessr, os estudantes buscavam superar a capacidade humana de geolocalização. Eles conseguiram: em um teste, o PIGEON superou Trevor Rainbolt, figura destacada no GeoGuessr.
Esse sistema se destaca por analisar detalhes minuciosos nas imagens, como as sutis variações de vegetação e clima. Mesmo com erros ocasionais, como confundir paisagens de Idaho com as da Nova Zelândia, seu desempenho é impressionante.
Enquanto o Google oferece um recurso de estimativa de localização baseado em marcos conhecidos, o PIGEON opera com uma variedade muito mais extensa de imagens. Cientes das implicações sobre a privacidade, os estudantes de Stanford optaram por não tornar o modelo completamente público.
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Stanley vislumbra um futuro onde a IA será mais avançada em geolocalização. Ele recomenda cautela com os detalhes em fotos compartilhadas online, ressaltando a importância de se manter vigilante sobre a intersecção entre tecnologia e privacidade.
Ficou interessado? Você pode ler o estudo com os resultados obtidos com o sistema PIGEON aqui.
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