Na madrugada da última segunda-feira (12/02), quase recebemos uma visitinha bem inesperada em pleno Carnaval! Um asteroide passou bem perto (mesmo) da Terra, chegando a apenas 121 mil km de distância. Parece muito, mas só para ilustrar, equivale a 31% de distância entre a Lua e o planeta.
Além da passagem, o que admira neste fato é que o asteroide 2024 CY1 foi descoberto há apenas três dias. Segundo informações do Virtual Telescope, o corpo celeste tem diâmetro variando entre 3,8 e 8,4 metros, quase o tamanho de um veículo.
Mais sobre o asteroide que passou bem perto da Terra
A princípio, o 2024 CY1 ganhou a classificação de NEA que, em português, significa asteroide próximo da Terra. Trata-se de uma categoria de objetos que orbitam a até 195 milhões de quilômetros do Sol.
Mas, ele não é o único. Atualmente, estima-se que haja mais de 600 mil asteroides identificados no Sistema Solar, sendo 20 mil classificados como NEAs.
A maioria deles, entretanto, concentra-se entre Marte e Júpiter, em uma região que se chama Cinturão de Asteroides. Entre estes NEA, estão alguns potencialmente perigosos.
O que isso significa? Objetos cuja distância é de 19,5 vezes à apontada entre Lua e Terra. Assim, teriam alguma chance de se chocar com o planeta.
O que acontece se um asteroide se chocar com a Terra?
Ainda que a gente se assuste com o asteroide que passou bem perto da Terra, dá para respirar com alívio. Apesar de existirem os NEA perigosos, não há ameaças iminentes de choque. Pelo menos, nos próximos 100 anos.
Mas, caso isso ocorra, os efeitos de um choque dependem de uma série de fatores. Por exemplo, o tamanho do asteroide, composição (ferro ou rochas “macias”), velocidade e ângulo de incidência.
Só para ter uma ideia, no evento que extinguiu os dinossauros, a estimativa é de que a rocha atingiu a Terra em um ângulo altamente letal. Ok, como a gente fica sabendo melhor sobre isso?
O simulador Asteroid Launcher mostra uma representação visual do que ocorreria se, mais do que passar perto da Terra, o asteroide realmente se chocasse contra ela. Na ferramenta, dá para selecionar, além dos fatores acima, o local do suposto impacto.
E a pergunta que não quer calar é: se o asteroide chocar contra o planeta, vai destruir todas as espécies? A princípio, não. Aquela situação no período Cretáceo não resultou, por si só, na eliminação das espécies.
Tais consequências, de fato, vieram dos efeitos em cascata após a colisão. Alguns desses efeitos foram imediatos, enquanto outros se manifestaram a médio prazo.
Então, tendo como base o asteroide que passou perto da Terra, a cratera resultante do impacto é até pequena se comparada aos efeitos secundários. Sendo assim, os maiores danos viriam com o choque, por exemplo, terremotos, tsunamis, furacões, incêndios, entre outras catástrofes.
Com isso, devemos mesmo calcular o impacto individual desses fatores para, assim, estimar o que aconteceria em uma situação de choque. Mas, honestamente, que tudo isso fique nos cinemas ou, no máximo, simuladores, né?
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