Tem espetáculo celeste vindo aí! Conhecido como “o cometa do século”, o C/2023 A3 (Tsuchinshan-ATLAS) deve passar pela Terra no final de setembro. Descoberto no início de 2023, gera grande expectativa entre astrônomos e entusiastas tanto pelas dimensões quanto pela proximidade da nossa órbita. Vem saber mais sobre este fenômeno!
A princípio, o bólido vem da Nuvem de Oort, o cinturão de objetos localizado nos limites do sistema solar. E, a julgar por tudo que indica, deve oferecer um show fascinante. Sua velocidade de deslocamento chega a 290.664 quilômetros por hora, além de ter um núcleo de 6 a 15 quilômetros.
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Mas, será que o cometa vai passar por aqui mesmo? E não vai causar nenhum risco?
Onde o cometa do século está hoje?
Atualmente, o cometa se encontra perto da órbita de Júpiter, ou seja, ainda bem distante. Mas, após se aproximar do Sol, fica mais próximo do nosso planeta, nos dando uma oportunidade de observar e, para os mais animados, estudar o visitante cósmico.
A previsão é de que isso ocorra após 27 de setembro, quando atinge seu periélio, ou seja, a menor distância em relação ao Sol. Mas, para se ter uma ideia, a “proximidade” é de 0,39 unidades astronômicas, o equivalente a cerca de 58 milhões de quilômetros.
Porém, um dos maiores motivos para tanta expectativa entre os cientistas é não saberem com certeza o que acontecerá ao cometa do século mediante a exposição ao calor do Sol. Uma das hipóteses é que ele poderia fragmentar-se pelo aquecimento e sublimação de seus gelos, o que aumentaria sua luminosidade.
Após passar por esse ponto, o corpo começa a se aproximar da Terra. Daí, em 12 de outubro, passa a 0,56 unidades astronômicas (cerca de 83,776 milhões de quilômetros), quando atinge seu maior brilho.
Onde ver o cometa do século?
As estimativas mais moderadas dizem que o corpo celeste pode alcançar uma magnitude de -0,1, o que o tornaria mais brilhante que a maioria das estrelas. Outros, no entanto, apostam em uma magnitude de -6,6, ou seja, 100 vezes mais brilhante que qualquer outro cometa visto da Terra.
Por isso, a possibilidade é de que sim, o cometa seja visível em todo o mundo. Sabe o que é melhor? O hemisfério sul tem melhores chances de presenciar seu brilho! E, se as expectativas se cumprirem quanto ao brilho esperado, será visível a olho nu.
Os mais entusiastas, inclusive, podem segui-lo por meio de aplicativos como Sky Tonight, que permite acompanhá-lo em tempo real. Ah, e quanto ao temor sobre a proximidade, até então, nada de riscos para a humanidade, hein?
O que são os cometas e de onde vem o nome do C/2023 A3?
De modo geral, os cometas são corpos celestes compostos principalmente por gelo, poeira e rochas. Todos esses componentes orbitam ao redor do Sol em trajetórias elípticas.
Uma de suas principais características são aquelas caudas brilhantes, lembra? Então, elas se formam quando se aproximam do Sol e o calor sublima o gelo, liberando gás e poeira no espaço. Por isso, tantas projeções sobre o brilho do cometa do século!
Inicialmente, esses corpos podem variar em tamanho, desde alguns poucos até várias centenas de quilômetros de diâmetro. Ok, e de onde eles vêm? Em resumo, se originam principalmente em duas regiões do sistema solar:
- A Nuvem de Oort, uma região esférica de objetos gelados que envolve o sistema solar.
- O Cinturão de Kuiper, um anel de corpos gelados situado além da órbita de Netuno.
Um dos grandes diferenciais do Tsuchinshan–Atlas A3 é não ser um cometa periódico, ou seja, sua órbita excede 200 anos. Isso também explica porque desperta tanto interesse. Afinal, é muito provável que esta seja sua única visita ao sistema solar. Caso retorne, isso só deve acontecer em 26.000 anos!
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Certo, e por que o cometa do século tem esse nome? Geralmente, a nomeação traz algumas coordenadas de sua descoberta. No caso específico do corpo celeste mais esperado do ano, seu primeiro avistamento se deu em janeiro de 2023, indicado pelo “A” inicial. O número 3 indica ser o terceiro objeto desse tipo visualizado nesse período.
Além disso, o projeto chinês Tsuchinshan foi o primeiro a identificar o cometa, o que também se reflete em seu nome. Mas, dias depois, o cometa foi detectado em um observatório na África do Sul, dedicado à observação do céu com telescópios Atlas. E foi isso que completou sua denominação.
Então, já se programou para acompanhar a passagem do cometa do século?
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