É descoberta sobre o Planeta Vermelho que você quer? Os cientistas têm! No último dia 10 de junho, pesquisadores revelaram mais uma novidade: gelo em vulcões de Marte. O achado se deu especificamente na região de Tharsis, perto do equador marciano, e tem algumas implicações para a compreensão do ciclo da água por lá. Principalmente para futuras missões de exploração.
Gelo em vulcões de Marte: uma surpresa no Equador
Segundo informações da AFP, os primeiros registros de gelo em vulcões de Marte foram pelas imagens do Trace Gas Orbiter (TGO), um satélite da Agência Espacial Europeia (ESA). A princípio, as capturas mostraram depósitos de geada nas crateras dos vulcões gigantes do planalto de Tharsis. Incluindo, por exemplo, o Olympus Mons, maior vulcão do sistema solar, com 25 quilômetros de altura.
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A região fica próxima ao equador marciano. Para a exploração, a expedição utilizou as sondas ExoMars e Mars Express, além da câmera CaSSIS do TGO. A princípio, os registros mostram camadas de geada muito finas, com a espessura de um fio de cabelo humano. De modo geral, o gelo se forma durante a madrugada e evapora algumas horas após o nascer do sol.
Mas, por que essa descoberta é particularmente interessante? Porque, inicialmente, a ideia era de que a formação de gelo seria impossível na região equatorial de Marte, graças à luz solar intensa e atmosfera fina. Tais condições resultam em temperaturas relativamente altas tanto na superfície quanto no cume das montanhas.
Qual a importância desta descoberta?
O registro de gelo em vulcões de Marte é um marco importante na ciência planetária, pois sugere a existência de um microclima único nas caldeiras dos vulcões. Além disso, a descoberta desafia as expectativas anteriores e apresenta novas perspectivas sobre o ciclo da água em Marte. Pesquisas avançam nestes pontos:
- Ciclo da água: a presença de gelo indica um movimento relevante de água entre a superfície e a atmosfera de Marte, especialmente durante as estações frias.
- Microclima vulcânico: a geada pode se formar devido aos ventos que sobem pelas encostas dos vulcões, transportando umidade até os cumes, onde se condensa e congela.
- Exploração espacial: compreender o ciclo da água em Marte é essencial para futuras missões humanas e robóticas, pois se trata de um recurso vital para a sobrevivência e operações de longo prazo no planeta.
Mas, afinal, quanta água há no gelo dos vulcões de Marte?
Inicialmente, os cálculos dos cientistas mostram que cerca de 150 mil toneladas de água se condensam diariamente no topo dos vulcões de Tharsis. Isso equivale a 60 piscinas olímpicas. Sendo assim, é uma quantidade expressiva, mesmo na forma de geada fina.
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Tanto que apresenta o potencial de alterar nossa compreensão sobre a disponibilidade e distribuição do elemento no planeta. Além disso, dá novos fundamentos para futuras missões ao Planeta Vermelho. Por exemplo:
- Recuperação de água: a geada poderia ser recuperada e utilizada para consumo humano e para a produção de combustível. Seria possível pela separação das moléculas de oxigênio e hidrogênio.
- Pesquisa de vida: a presença de água na busca por indícios de vida em Marte. Acredita-se que a água líquida foi abundante no planeta há bilhões de anos.
- Planejamento de missões: expedições futuras poderão aproveitar as áreas com presença de geada para instalar bases de operação. Utilizariam os recursos hídricos locais que sustentariam atividades humanas e robóticas.
O resumo da ópera é que a descoberta de gelo em vulcões de Marte constitui um progresso importante na compreensão do ciclo da água no planeta vermelho. Mais ainda, abre novas possibilidades para a exploração espacial.
À medida que continuamos a investigar e explorar o planeta, cada avanço nos aproxima mais de desvendar os mistérios deste vizinho. E, quem sabe, preparar o caminho para a futura presença humana em sua superfície.
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