Na Oglethorpe University, Geórgia, um mistério aguarda ser desvendado por milhares de anos. Lá se encontra a Cripta da Civilização, uma cápsula do tempo selada nos anos 40, com abertura prevista para 8113 d.C.
Este projeto, idealizado pelo historiador Thornwell Jacobs, tem como objetivo proporcionar aos habitantes do futuro uma visão do nosso passado.
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A barreira linguística foi um desafio considerado por Jacobs. Para isso, incluiu na cápsula um “integrador de linguagem”, que associa imagens de objetos com seus nomes e pronúncias em inglês.
A ideia era assegurar a compreensão do conteúdo, mesmo que o inglês se tornasse obsoleto.
Objetivos da Cripta da Civilização
Jacobs se inspirou na forma como conhecemos civilizações antigas, como o Egito, através de tumbas e artefatos. Com a Cripta da Civilização, situada no Phoebe Hearst Hall, ele visa preservar a história contemporânea para as gerações futuras. Este repositório contém itens da década de 1930 e anteriores, abrangendo até 6.000 anos de história.
No interior da cripta, há desde objetos do dia a dia até gravações do clarinetista Artie Shaw, filmes de eventos históricos e centenas de livros em microfilme. Cada item possui registros detalhados, explicando sua função e importância.
Paul Hudson, cofundador da Sociedade Internacional de Cápsulas do Tempo, destaca o valor antropológico dessa cápsula para os estudiosos de 8113. A escolha do ano de abertura é simbólica, representando o meio do caminho entre a criação do calendário egípcio e o futuro distante.
Apesar de Jacobs ter inovado, as cápsulas do tempo são objeto de debate. Historiadores como William Jarvis argumentam que elas podem não refletir adequadamente a sociedade que as criou.
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Para Jarvis, itens cotidianos, como as inscrições políticas de Pompeia, revelam mais sobre culturas passadas do que objetos selecionados para cápsulas.
A gravação na porta da Cripta resume seu propósito monumental: “O mundo está empenhado em enterrar nossa civilização para sempre, e aqui nesta cripta deixamos isso para você.”
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