Cientistas avisam, mas ninguém acredita! A Administração Nacional da Aeronáutica e Espaço (NASA) alertou que o mundo terá várias zonas inabitáveis até 2050, inclusive no Brasil! De acordo com os dados obtidos, a estimativa é de que essas regiões não sejam mais próprias para habitação dentro de 30 a 50 anos.
Para chegar a estes resultados, a agência espacial americana baseou-se nos dados de seus satélites, além de utilizar um índice térmico específico. A partir daí, teve motivos suficientes para emitir o alerta.
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Além disso, o relatório revelou como o impacto das mudanças climáticas afeta a habitabilidade de algumas áreas da Terra.
Por que teremos zonas inabitáveis até 2050?
A gente já viu como a temperatura anda subindo nos últimos anos, né? Pois, segundo a Nasa, esse calor, em algum momento, pode dificultar ou até mesmo impossibilitar a vida humana em certas regiões. Isso ocorre devido ao aquecimento global que causa um aumento na frequência e gravidade das ondas de calor extremo em todo o mundo.
Os cientistas também explicam porque os seres humanos não poderiam habitar essas regiões devido ao calor. A princípio, o índice de bulbo úmido, o índice que utilizaram, é essencial para medir o nível de estresse térmico que o corpo humano pode suportar.
Para efeitos de informação, o bulbo úmido é um indicador que combina a temperatura do ar ambiente e a umidade relativa. Por isso, oferece uma avaliação mais precisa do risco de desconforto pelo calor e suas consequências para a saúde humana do que outros índices térmicos.
Só para exemplificar, essa medida caracteriza a temperatura mais baixa na qual um objeto ou corpo esfria quando a umidade evapora dele. Em essência, reflete a capacidade do corpo humano de se resfriar através da transpiração em condições de calor e umidade elevados.
Ou seja, isso funciona combinando a temperatura e a umidade do ar. A partir disso, é possível avaliar a capacidade do organismo de dissipar o calor através da transpiração.
Dessa forma, especialistas determinaram que um índice de bulbo úmido acima de 35°C durante seis horas consecutivas representaria um risco mortal para a saúde. Afinal, nessas condições a capacidade de regular a temperatura interna é perdida.
Nos últimos 15 anos, a NASA apontou que algumas regiões subtropicais já registraram o índice acima desse limite crítico. Por esse motivo, estima que o fenômeno poderia se intensificar e se estender a outras áreas à medida que o aquecimento global avança. É justamente isso que explica o surgimento das zonas inabitáveis até 2050.
Que áreas estão em alerta?
Considerando o estudo, os modelos climáticos e a evolução prevista do aquecimento global, a Nasa identificou quais zonas se tornariam inabitáveis até 2050. Como vimos, isso ocorreria devido ao limite do índice de bulbo úmido de 35°C. A princípio, as áreas que experimentariam tais condições extremas incluem:
- grande parte dos países do sul da Ásia, como o Paquistão
- nações do Golfo Pérsico e Mar Vermelho
- leste da China
- algumas áreas do Brasil
A boa notícia (se é que isso é possível) é que, para China e Brasil, a probabilidade é de que as zonas não se tornem inabitáveis até 2050, mas sim até 2070. Ademais, nos Estados Unidos, certas áreas podem ser afetadas por esse fenômeno nas próximas décadas.
De fato, estes dados coletados corroboram com as preocupações expressas pelo Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC). Este, inclusive, alertou que a frequência de eventos de calor extremo se multiplicará em todo o mundo nas próximas décadas.
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Inicialmente, estima-se que, até o final do século, um aumento de temperatura de 1,5 °C em relação à era pré-industrial resultará em aumento significativo no número de vítimas do calor em todo o mundo. Infelizmente, já observamos os efeitos devastadores do calor extremo.
Por exemplo, a onda de calor que atingiu o noroeste dos Estados Unidos e o oeste do Canadá em junho de 2021, que resultou na trágica morte de 1.400 pessoas. E olha que o índice de bulbo úmido nem passou dos 25 °C.
Ainda duvida que teremos zonas inabitáveis até 2050?
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