A gente já falou da Sora, inteligência artificial que pode gerar vídeos a partir de texto, por aqui, certo? Desenvolvida pela OpenAI, a mesma empresa que criou o ChatGPT, a ferramenta é, inegavelmente, uma das inovações mais impressionantes e promissoras no campo da IA generativa. E, obviamente, vai para a sala de aula. Mas, e aí, quais os benefícios da Sora para a educação?
Dá para levar a Sora para a sala de aula?
A Sora, sem dúvidas, traz um mundo de possibilidades para a criação de vídeos, tanto para fins educacionais, artísticos, informativos ou de entretenimento. Por isso, a ferramenta promete muitas aplicações no âmbito educacional. Por exemplo:
- criar conteúdos audiovisuais para ilustrar conceitos, processos, fenômenos ou fatos históricos de forma mais atraente e personalizada
- animar imagens fixas para dar-lhes vida e profundidade, como mapas, diagramas, obras de arte ou fotografia
- completar ou ampliar vídeos existentes com informações adicionais, efeitos especiais ou transições fluidas
- gerar vídeos interativos que se adaptem às respostas e necessidades dos alunos
- dar feedback que incentive a criatividade e a expressão dos alunos, permitindo-lhes criar seus próprios vídeos a partir de ideias, textos ou imagens
No entanto, como qualquer tecnologia, esta também pode ter suas vantagens e desvantagens. A seguir, apresentamos alguns dos prós e contras de Sora no campo educacional.
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Prós de Sora na educação
A princípio, existe uma série de vantagens de usar a Sora no contexto educacional. Só para exemplificar, a IA:
- pode melhorar a aprendizagem dos alunos, ao oferecer conteúdos visuais que captem sua atenção
- estimular sua curiosidade e facilitar sua compreensão
- diversifica as formas de ensinar e aprender, ao permitir professores e alunos criar e compartilhar vídeos adaptados aos seus objetivos, estilos e ritmos de aprendizagem
- ao considerar a Sora na educação, a IA reduz o tempo e o esforço na produção de vídeos ao gerá-los automaticamente a partir de textos simples e breves, ou seja, sem necessidade de conhecimentos técnicos ou recursos custosos
- potencializa a colaboração e a comunicação entre os membros da comunidade educativa, pois facilita o intercâmbio de vídeos entre professores, alunos, pais e outros agentes educativos
- contribui para o desenvolvimento de competências transversais, por exemplo, a criatividade, o pensamento crítico, a alfabetização midiática ou a cidadania digital. Isso se dá, sobretudo, por envolver os alunos na criação e no consumo de vídeos
Contras da IA no campo educacional
Por outro lado, nem tudo são flores! No contexto da sala de aula, a Sora é uma IA que, entre outras questões negativas, pode:
- gerar vídeos falsos ou enganosos ao manipular imagens, sons ou vozes. Assim, arrisca induzir a erro ou confusão aos espectadores
- violar direitos autorais ou de imagem.
- estimular uma dependência dos vídeos, pois os alunos se acostumam a receber a informação de forma visual e passiva. Desta forma, não desenvolvem outras habilidades ou hábitos de estudo
- aumentar a brecha digital educativa, uma vez que não está ao alcance de todos os centros, professores ou alunos. Inegavelmente, há graves limitações de acesso, infraestrutura ou formação.
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Em suma, a Sora é, sim, uma ferramenta de inteligência artificial que pode revolucionar o campo da criação de vídeos educativos. Sobretudo por oferecer múltiplos benefícios e oportunidades para a aprendizagem.
No entanto, também implica riscos e desafios que devemos levar em conta e, consequentemente, enfrentar com prudência e critério. Por isso, seria necessário que professores, alunos, responsáveis e demais envolvidos se formem, informem e responsabilizem pelo uso adequado e ético da IA.
Só assim, é possível estabelecer mecanismos de regulação, supervisão e avaliação desta tecnologia para que se possa aproveitar todo o potencial desta IA, sem perder de vista o sentido e o valor da educação.
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