Quantos mapas da Terra você já viu ao longo da vida? Tem os mapas planos, globo terrestre, e por aí vai. A questão é que essa representação sempre foi distorcida. Afinal, é impossível representar um objeto tridimensional em um plano bidimensional. Era, pois pesquisadores desenvolveram um novo método para medir distâncias. Assim, criaram o mapa plano mais preciso da Terra.
Como é o mapa plano mais preciso da Terra?
A princípio, a maioria dos mapas planos do mundo são distorcidos de alguma forma, seja em termos de tamanho, forma ou distância. Isso ocorre porque é impossível representar uma esfera em duas dimensões sem distorções.
Porém, em 2007, o professor Richard Gott, da Universidade de Princeton, criou um sistema para avaliar mapas com base no nível de distorção presente. Ele descobriu, então, que a projeção Winkel-Tripel, que visa equilibrar distorções de área, direção e distância, tinha as menores distorções gerais.
No entanto, essa projeção ainda apresenta algumas imperfeições, como o exagero das distâncias entre o Havaí e a Ásia. Mas, anos depois, Gott buscou os caminhos que levariam ao mapa plano mais preciso da Terra.
Para isso, se inspirou em um design de Buckminster Fuller, que preservava o tamanho dos países ao apresentar o mundo em uma forma única, embora desconexa. Essa abordagem resultou em lacunas significativas entre países geograficamente próximos e, ainda, dividiu alguns países em partes separadas.
A equipe de Gott então imaginou um mapa de dois lados. Um retratava os Hemisférios Oriental e Ocidental e o outro os Hemisférios Norte e Sul. Ambas as versões evitam os cortes de limite vistos em outras projeções.
Sendo assim, o novo mapa oferece um método que mede distâncias entre dois pontos em comparação com outros. Primeiramente, apresenta menos erros de distância e, conforme o sistema de pontuação desenvolvido por Gott, se classifica como o mapa plano mais preciso da Terra.
O que os outros tinham de errado?
Diante do mapa plano mais preciso da Terra, o que os anteriores apresentam de problema? A projeção de Mercator, desenvolvida em 1569, é a representação do planeta que mais se conhece no mundo.
De modo geral, é uma projeção da superfície da Terra sobre um cilindro. Nesse processo, representam-se os meridianos por linhas verticais e os paralelos, por linhas horizontais igualmente espaçadas.
Essa projeção tem uma série de vantagens, sendo a principal delas a facilidade de navegação. Isso porque os cursos de rumo constante são representados por linhas retas.
No entanto, a projeção também apresenta algumas limitações. Uma das principais é a distorção do tamanho e da forma das massas de terra, especialmente à medida que se afastam do equador. Algo que o mapa plano mais preciso da Terra buscou resolver.
Por exemplo, a Groenlândia, no extremo norte do planeta, parece ter o mesmo tamanho da África na projeção de Mercator. Na realidade, tem apenas 1/14 do tamanho do continente africano.
Mas, por que isso acontece? Inicialmente, pelo fato de que a projeção de Mercator preserva as direções, mas não os tamanhos. Em outras palavras, as áreas próximas ao Equador têm representações com o tamanho correto, mas as áreas aquelas que estão mais distantes apresentam distorções.
Sendo assim, a projeção de Mercator é uma ferramenta útil para navegação, mas é importante estar ciente de suas limitações ao usá-la para representar o tamanho e a forma das massas de terra.
Então, o que achou do mapa plano mais preciso da Terra? Acha que, realmente, vai ajudar a corrigir distorções?
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