Os monólitos de pedra, conhecidos como Moai, ficam, de forma majestosa, localizados na Ilha de Páscoa, também chamada de Rapa Nui, e há séculos, desafiam os cientistas com seus enigmas.
Por décadas, essas estruturas monumentais – mais de 800 – têm sido alvo de intensa pesquisa, e, em 2019, uma descoberta trouxe algumas pistas sobre seu propósito. Entenda em detalhes!
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A investigação
Arqueólogos e cientistas do solo uniram forças para desvendar o mistério por trás dos Moai. Jo Ann Van Tilburg, da Universidade da Califórnia, Cristián Arévalo Pakarati, artista Rapanui, e outros membros da comunidade local lideraram essa investigação.
Eles contaram com a expertise da cientista do solo Sarah Sherwood, da Universidade do Sul, no Tennessee, para analisar o solo ao redor de duas estátuas Moai, localizadas na pedreira Rano Raraku, onde se originaram a maioria dessas imponentes figuras.
Os resultados da análise química do solo revelaram vestígios de alimentos como taro, banana e batata-doce. Essas descobertas sugerem que as estátuas Moai podem ter sido associadas à fertilidade do solo e à produção agrícola da região. Surpreendentemente, os solos dentro da pedreira mostraram-se muito mais férteis do que se pensava anteriormente, com altos níveis de nutrientes essenciais para o crescimento das plantas.
Significado cultural e ritualístico
A presença das estátuas Moai na pedreira Rano Raraku não era apenas uma questão de locomoção; elas desempenhavam um papel central na vida e nas crenças da comunidade Rapanui.
Acredita-se que essas figuras monumentais representavam ancestrais e também estavam ligadas à fertilidade da terra e à abundância das colheitas.
Essa nova compreensão desafia antigas interpretações sobre as estátuas Moai. Em vez de simplesmente serem consideradas como símbolos rituais desconexos, elas agora são vistas como parte integrante da vida e da sustentabilidade da comunidade Rapanui.
Os desafios da sobrevivência na Ilha de Páscoa
Além desta descoberta, cientistas também destacaram a relação entre os monumentos e as fontes de água doce. De certa forma, coincidentemente ou não, os monumentos, juntamente com as plataformas conhecidas como ahu, foram encontrados próximos a fontes de água potável.
A Ilha de Páscoa é conhecida por sua paisagem árida e escassez de recursos naturais, tornando a água um recurso valioso e vital.
Então, muito provavelmente as fontes encontradas foram fundamentais para a sobrevivência dos habitantes da ilha, desempenhando um papel central na localização dos monumentos.
Assim, também pode ser possível que essas estruturas tenham servido como pontos de encontro e cooperação entre diferentes grupos da sociedade Rapanui.
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Continuação da investigação
Embora essa descoberta represente um avanço, ainda há muito a ser explorado sobre a relação entre os monumentos da Ilha de Páscoa e seu ambiente natural.
A pesquisa contínua e colaborativa entre arqueólogos, cientistas do solo e especialistas em recursos hídricos é essencial para desvendar completamente os mistérios dessas estruturas antigas. Qual sua versão do propósito dos monumentos do local?
Para ler a pesquisa completa e saber mais detalhes das descobertas, clique aqui!
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Escrito por:
Jéssica Bernardo
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