Existe vida em Marte? Ainda não sabemos, mas os cientistas fizeram uma descoberta bastante intrigante! Um grupo do Instituto SETI e do Instituto de Marte, ambos no Centro de Pesquisa Ames da NASA, descobriu, nada menos, que mais um vulcão em Marte. Os pesquisadores compartilharam a notícia na 55ª Conferência de Ciência Planetária e Lunar, realizada no Texas.
A princípio, o vulcão ganhou o nome de Noctis e não se trata de qualquer “achado”. Só para ilustrar, a formação tem 450 quilômetros de largura e 9 quilômetros de altura, sendo assim o maior vulcão que cientistas já encontraram no planeta vermelho.
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Segundo informações da Fox News, o vulcão fica próximo ao equador marciano, na fronteira entre o labirinto Noctis Labyrinthus e os Valles Marineris. Mas, com tantas pesquisas e expedições exploratórias em Marte, por que descobriram a formação somente agora?
Ao que tudo indica, o gigante estava adormecido e, por isso, permaneceu “escondido à vista de todos” por décadas. Outro fator para seu desconhecimento está nas erosões da superfície. No entanto, os próprios pesquisadores afirmam que o “novo” vulcão em Marte já apareceu em fotografias de diversas naves espaciais desde 1971.
Como é o Noctis?
Ok, mas se existem outros vulcões em Marte, por que o Noctis trouxe tanto espanto? Inicialmente, a formação abre um novo capítulo na exploração de Marte. O vulcão, que esteve ativo desde tempos antigos até períodos recentes, apresenta características intrigantes que o tornam promissor para a busca por vida, sem falar nas futuras missões robóticas e, quem sabe, até mesmo tripuladas.
Características do vulcão em Marte
Em suma, as próprias características do Noctis o diferenciam das formações que, até então, encontraram-se em Marte. Por exemplo:
- A caldeira é colapsada, o que evidencia erupções vulcânicas em tempos modernos.
- Existem fluxos de lava, depósitos de minerais hidratados e piroclásticos, indicando uma atividade vulcânica complexa e duradoura.
- Depósitos vulcânicos, cones sem raiz e terreno com bolhas sugerem a presença de gelo glacial sob a superfície do vulcão.
Ademais, o Noctis é quase um paraíso para quem se dedica à astrobiologia. Em primeiro lugar, há sinais de interação entre calor, água e gelo, criando um ambiente propício para a vida microbiana.
Além disso, sua localização favorece as pesquisas, pois está a leste do que chamam de elevação Tharsis, onde ficam outros vulcões gigantes, sendo uma área rica em minerais hidratados, abrangendo um trecho importante da vida marciana e estando próximo a uma geleira, o que possibilita encontrar água em estado líquido no subsolo.
De onde vem o vulcão?
Porém, ainda há enigmas a revelar sobre o Noctis (assim como em tudo que envolve o planeta vermelho). O primeiro deles é sua origem, pois ainda não se sabe, ao certo, quando surgiu.
Da mesma forma, a estrutura do vulcão mostra erupções de longa data, mas também não há certeza sobre a frequência dessas atividades, nem quando foi a mais recente.
Por fim, tem-se apenas uma noção inicial da composição mineral deste vulcão em Marte, como cinzas, pedra-pomes e tefra (o que, aliás, já demonstra a natureza vulcânica). Entretanto, as equipes ainda devem explorar detalhes sobre a formação e os elementos que a compõem.
O impacto do vulcão em Marte para a ciência
Como mencionamos, existem outros vulcões em Marte, além do Noctis. Inclusive, nesta mesma área, há outros três que os cientistas conhecem bem: Ascraeus Mons, Pavonis Mons e Arsia Mons.
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No entanto, a descoberta recente pode reescrever a história geológica do planeta, lançando novas perspectivas sobre sua formação e evolução, embasando uma exploração científica aprofundada, sobretudo na busca por sinais de vida.
Embora missões tripuladas a Marte ainda estejam apenas nos planos, a descoberta do Noctis nos aproxima ainda mais desse objetivo.