O bilionário Elon Musk, dono da Tesla, X e da startup de neurotecnologia Neuralink, fez um anúncio importante na última sexta-feira (17). A empresa está agora aceitando inscrições para um segundo participante humano em seus testes clínicos para implante de chip cerebral. Este desenvolvimento segue-se cinco meses após a inicialmente bem-sucedida implantação no primeiro participante humano, Noland Arbaugh, de 30 anos.
Vale lembrar que o anúncio vem uma semana depois que a empresa reconheceu problemas técnicos com o procedimento em Arbaugh.
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Mas não houve problemas com o primeiro implante de chip cerebral?
Antes de tudo, vamos recordar o contratempo técnico com o implante pioneiro? Há cerca de sete dias, a própria Neuralink admitiu um problema inesperado com a intervenção em Noland. De acordo com a empresa, os fios que conectam o chip ao cérebro de Arbaugh haviam se retraído, o que resultou em problemas de desempenho.
No entanto, a startup assegura que ajustes foram realizados justamente para aprimorar a funcionalidade do dispositivo. Arbaugh, que se tornou quadriplégico em 2016 após um acidente de mergulho, expressou em uma entrevista ao Good Morning America que o implante transformou sua vida.
Segundo ele, já “não tinha nada pelo que acordar todas as manhãs, e isso mudou para mim. Estava muito feliz por poder fazer parte de algo que acredito ser tão significativo. Este é o próximo passo para ajudar pessoas com paralisia.”, disse.
Neuralink amplia convite para testes clínicos
Diante disso, a startup de Elon Musk decidiu expandir seu convite para indivíduos também com quadriplegia que desejam explorar novas formas de controlar computadores.
Mas, a ambição da Neuralink vai além de “simples” implantes. Pelo contrário, a empresa aspira a conectar cérebros humanos a computadores, auxiliando pessoas paralisadas a controlar dispositivos como smartphones e computadores.
Além disso, busca possibilitar que pessoas cegas recuperem a visão. Para isso, o implante coleta sinais elétricos do cérebro e os interpreta como ações, semelhante às interfaces cérebro-máquina existentes.
Implante de chip cerebral e o Estudo PRIME
Os participantes atuais dos testes para implante de chip cerebral serão parte do Estudo PRIME da Neuralink, que visa estudar tanto a segurança do protótipo quanto do robô cirúrgico, além de avaliar a funcionalidade do dispositivo.
Então, a empresa está recrutando pacientes de teste com habilidades limitadas ou nulas para usar as mãos devido a lesões na medula espinhal cervical ou esclerose lateral amiotrófica (ELA).
O objetivo de longo prazo é principalmente melhorar a funcionalidade dos implantes para que pacientes quadriplégicos possam controlar braços robóticos e outras tecnologias assistivas. Desde a operação de Arbaugh, a empresa garantiu que ele foi capaz de usar o sistema para várias aplicações. Por exemplo, como jogar xadrez online ou Sid Meier’s Civilization VI, aumentando consideravelmente sua independência.
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Sobre a Neuralink
Fundada por Elon Musk, a Neuralink é uma empresa de neurotecnologia focada em desenvolver interfaces cérebro-computador. Com uma visão de futuro onde a tecnologia pode superar limitações físicas, a Neuralink continua a avançar na fronteira da medicina e tecnologia.
E aí, será que muita gente vai se habilitar ao novo processo para implante de chip cerebral?
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