Cientistas dos EUA e da Suécia uniram forças e, com a ajuda de supercomputadores, criaram um material que pode ser 30% mais resistente à compressão e, portanto, um material ainda mais duro do que o diamante, que foi tido como rei da ‘dureza’ há décadas. Confira mais informações!
Um material que pode ser mais duro que o diamante
O BC8, ou cristal cúbico de corpo centrado de oito átomos, é uma fase hipotética e ultra-densa do diamante descoberta por pesquisadores do Laboratório Nacional Lawrence Livermore e da Universidade do Sul da Florida.
Este material é caracterizado por sua estrutura molecular única, onde os átomos de carbono são organizados de maneira específica, formando um cristal cúbico centrado no corpo com oito átomos em sua célula unitária. Esta configuração difere da estrutura cristalina do diamante tradicional, que é uma rede cristalina tetraédrica.
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Esta estrutura única não só o torna incrivelmente resistente, como também elimina os pontos fracos encontrados no diamante, pavimentando o caminho para um material praticamente indestrutível.
Teoriza-se que o BC8 possa manter sua estabilidade sob pressões extremamente altas, superiores a 10 milhões de atmosferas, enquanto o diamante pode suportar até aproximadamente 1 milhão de vezes a pressão atmosférica da Terra.
A pesquisa sobre BC8
O caminho para confirmar a existência do BC8 não foi simples. Apesar de teorizado há décadas, somente agora, com a ajuda de simulações de alta tecnologia, os cientistas conseguiram vislumbrar seu potencial real. Foi utilizando o supercomputador Frontier que eles conseguiram simular seu comportamento e abriram caminho para sua possível criação em laboratório.
Esses experimentos virtuais permitiram a eles compreender as condições específicas sob as quais o BC8 pode ser formado, superando um grande desafio que até então impedia sua síntese em laboratório.
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Embora as simulações tenham revelado a possibilidade de criar o superdiamante, elas também destacaram a dificuldade de reproduzir as condições extremas necessárias. A estreita faixa de pressões e temperaturas requeridas tem sido um grande obstáculo, mas os resultados atuais são promissores, sugerindo que a síntese do BC8 é apenas uma questão de tempo.
Onde encontrá-lo?
O material ainda não foi sintetizado em laboratório, mas acredita-se que o BC8 possa existir em exoplanetas ricos em carbono. Descobri-los, pode ajudar a desvendar mistérios sobre a composição e a dinâmica interna desses planetas, potencialmente redefinindo nosso entendimento sobre o universo.
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