La Niña: entenda o fenômeno climático que ameaça a América Latina

A América Latina se prepara para enfrentar um desafio meteorológico nos próximos meses. Isso porque meteorologistas alertam sobre a possível chegada do fenômeno La Niña. Apesar do nome aparentemente inofensivo, ele trazer consigo uma alta variabilidade climática para o sul da região, além de uma temporada de furacões mais intensa no Caribe.

O que é La Niña e como afeta o clima?

A princípio, o La Niña faz parte do fenômeno climático El Niño-Oscilação Sul (ENOS), que se caracteriza por variações nas temperaturas do Oceano Pacífico equatorial. Mas, enquanto El Niño representa a fase quente, La Niña é a fase fria deste ciclo. Daí, tem duração típica entre nove e doze meses.
Durante este período, então, podemos esperar:

  • Invernos mais rigorosos
  • Verões com ondas de calor intensas
  • Períodos de seca prolongados

De fato, já observamos algumas mudanças climáticas neste sentido, como as ondas de calor intensas que afetaram o país recentemente.

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Previsões e probabilidades para 2024

Pois é, e se você se assustou, por exemplo, com as temperaturas altas, bem como com as chuvas que assolaram o Rio Grande do Sul, prepare-se. Infelizmente, a Organização Meteorológica Mundial (OMM) apresenta um cenário curioso para os próximos meses. As previsões apontam para:

  • 50% de chance de manutenção das condições neutras atuais
  • 50% de probabilidade de transição para La Niña entre junho e agosto de 2024

Ok, mas onde está o perigo disso? Segundo José Luis Stella, do Centro Regional do Clima para o sul da América do Sul, “estamos passando por uma variabilidade climática extrema e rápida, transitando de um evento de La Niña prolongado para El Niño. E, agora possivelmente retornando a La Niña.”

Na prática, a chegada de La Niña pode trazer consequências relevantes para diferentes regiões da América Latina. Para o sul da América do Sul, por exemplo, pode haver a redução das precipitações no Litoral e norte de Buenos Aires. Ainda, o aumento das temperaturas e possíveis ondas de calor durante o verão. E tem mais!

Na região do Caribe, há riscos de uma temporada de furacões mais ativa que o normal. Também, a formação precoce de furacões de alta intensidade, como o Beryl (categoria 5)

Como o La Niña deve afetar o Brasil?

Por aqui, o fenômeno com nome de criança, terá efeitos de um adulto bem grande e devem ser igualmente impactantes. A princípio, as previsões abrangem:

  • Diminuição das chuvas na região Sul
  • Aumento das precipitações no Norte e Nordeste
  • Riscos de períodos frios no Sudeste e Centro-Oeste

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Diante deste cenário, é fundamental que governos, organizações e cidadãos se preparem para enfrentar possíveis desafios. Neste sentido, algumas medidas importantes incluem o monitoramento constante das previsões meteorológicas e o planejamento de recursos hídricos e agrícolas. Sem falar no reforço de sistemas de alerta para eventos extremos (e nada de ignorar os avisos dos cientistas, né?).

Embora as previsões ainda não sejam definitivas, a alta variabilidade climática observada nos últimos anos nos alerta para a necessidade de estarmos preparados. Por isso, mantenha-se informado sobre as atualizações meteorológicas e adote medidas preventivas para minimizar os impactos deste fenômeno climático em sua região.

  • Jornalista e assessora de comunicação e imprensa com experiência em Comunicação Pública, Gestão de Eventos, Marketing Digital, análise e estratégia, gerenciamento de crises, produção e redação de conteúdo. Já trabalhou em diversos projetos e segmentos na área, inclusive como gerente de Comunicação na Educação Municipal, período em que desenvolveu produtos audiovisuais para permitir o acesso a conteúdos pedagógicos durante a pandemia. Ainda, criou áreas de Ouvidoria e Eventos Virtuais. É pesquisadora de Comunicação Compartilhada/Comunitária, Marketing Público e Políticas Públicas para Comunicação. Atuou na área de turismo e hotelaria. Especialista em Marketing e Assessoria de Comunicação.

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