“Bafão” no mundo da tecnologia! Fotógrafos de renome, inclusive ex-membro da Casa Branca, vêm reclamando que a Meta constantemente marca fotos autênticas com a etiqueta “Feito com IA”. A princípio, o selo da empresa controladora do Instagram indica imagens cuja geração se deu por inteligência artificial. No entanto, os profissionais afirmam que suas próprias fotos receberam o rótulo incorretamente.
Um dos casos mais notáveis é o de Pete Souza, ex-fotógrafo da Casa Branca. Segundo suas suspeitas, o algoritmo do Instagram pode estar identificando imagens reais editadas com ferramentas da Adobe como criações de IA.
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Em entrevista ao Tech Crunch, Souza explicou que a Adobe alterou recentemente sua ferramenta de corte, exigindo o achatamento da imagem antes de ser salva como JPEG. Assim, acredita que essa mudança leve ao erro de marcação pelo algoritmo da Meta.
Pete não é o único a apontar o “Feito com IA” em imagens autorais
Outro profissional que aponta a atribuição indevida do selo é o fotógrafo que, no Instagram, ganhou fama sob o nome de Faded LoFi Dreams. Conforme sua publicação no Threads, afirmou não usar preenchimento generativo em nenhuma de suas fotos por reprovar a IA. Com isso, revelou-se preocupado perante a marcação.
O selo de “Feito com IA” também despertou comentários de Noah Kalina, que já trabalhou com empresas como Google, Gucci e Levi’s. A fotógrafa esclareceu que o Instagram automaticamente marca uma foto quando detecta que o preenchimento generativo está errado e ruim. Assim, em última análise, deve fazer mais mal do que bem.
Ela ainda argumentou que simplesmente editar uma foto com uma ferramenta não deveria ser motivo suficiente para aplicar essa marca.
Qual é a política da Meta?
Até o momento, a empresa não respondeu diretamente às denúncias dos fotógrafos. No entanto, em sua página de suporte, esclarece que “qualquer conteúdo que contenha sinais padrão da indústria gerados por IA será marcado como ‘Feito com IA’”. Isso inclui, por exemplo, conteúdo com edição ou mesmo criações por meio das ferramentas de inteligência artificial de terceiros.
Só para ilustrar, seria o caso destes tipos de conteúdos, segundo a própria Meta:
- Vídeo realista de um grupo de pessoas caminhando por um mercado ao ar livre.
- Música criada com vozes geradas por IA.
- Reel narrado com uma voz realista gerada por IA.
Por outro lado, ainda segundo a plataforma, conteúdos digitais que não requerem essa etiqueta incluiriam, por exemplo, vídeo de uma paisagem ao ar livre, criado com um estilo que lembra um desenho animado. Ou, ainda, alguma produção com pequenas alterações de tamanho e corte.
Ademais, em uma postagem no blog da Meta de fevereiro de 2024, a empresa mencionou que está desenvolvendo ferramentas para identificar marcadores invisíveis em escala. Isso inclui informações “geradas por IA” nos padrões técnicos C2PA e IPTC, aplicáveis a conteúdos do Google, OpenAI, Microsoft, Adobe, Midjourney e Shutterstock.
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A Meta também indicou que pode aplicar sanções se os usuários não utilizarem a marca “Feito com IA” quando necessário.
De qualquer forma, a questão das marcações incorretas de imagens reais como “Feito com IA” levanta, entre profissionais da fotografia, preocupações sobre a precisão e transparência das tecnologias de detecção de IA. Então, resta aguardar as explicações da Meta sobre as denúncias, né?
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