Pesquisadores da Universidade de Genebra, na Suíça, desenvolveram uma tecnologia de inteligência artificial que promete ser uma grande ferramenta para identificação de vinhos falsificados. Somente na Europa, vinhos falsificados são responsáveis por 3 bilhões de euros anuais em vendas perdidas.
A tecnologia se baseia em análises químicas detalhadas para rastrear a origem dos vinhos, desde a região até a propriedade específica onde foram produzidos.
Tecnologia aplicada à produção de vinhos
A base dessa tecnologia é o aprendizado de máquina, uma área da inteligência artificial na qual os computadores são treinados para identificar padrões nos dados e usam esses padrões para fazer previsões ou tomar ações.
O objetivo da ferramenta criada pelos pesquisadores é realizar a distinção de vinhos com base em sutis diferenças nas concentrações de compostos químicos. Para treinar o algoritmo, os cientistas utilizaram 80 vinhos de sete propriedades diferentes na região de Bordeaux, na França, analisando-os por meio da cromatografia gasosa, uma técnica analítica para separar e detectar componentes químicos em misturas.
O algoritmo se baseia em todos os produtos químicos detectados na bebida para determinar uma assinatura química confiável para cada vinho.
Os resultados demonstraram uma precisão de 99% da tecnologia na identificação da origem dos vinhos, embora tenha encontrado dificuldades na distinção das safras, com uma precisão de apenas 50%.
Outras aplicações da tecnologia
Além de identificar vinhos falsificados, esta tecnologia tem potencial para ser utilizada no monitoramento da qualidade durante o processo de vinificação, garantindo uma mistura ideal do vinho. Deste modo, seria possível, portanto, otimizar a qualidade geral da produção de vinhos, beneficiando tanto produtores quanto consumidores.
Os resultados do estudo foram publicados Communications Chemistry, uma revista do portifólio da renomada Nature, e você pode acessá-lo aqui para mais detalhes.
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