Os disquetes, ou “floppy disks”, como são conhecidos em inglês, foram uma criação tecnológica importantíssima para a computação nas décadas de 1970 e 1980. Afinal, eles permitiram o armazenamento portátil de dados, revolucionando, na época, a forma como os computadores eram utilizados, tanto por profissionais quanto por usuários comuns.
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Embora considerados ultrapassados nos dias de hoje, a surpresa é que ainda existem nichos onde os disquetes continuam em uso. Entenda mais detalhes.
A história dos disquetes
A invenção dos disquetes vem do final da década de 1960. Os engenheiros da IBM, Alan Shugart e David L. Noble, lideraram o desenvolvimento do primeiro disquete comercialmente viável, lançado em 1971. Este disquete tinha 8 polegadas e podia armazenar 79,7 KB de dados.
Com certeza, esta capacidade parece insignificante hoje, no entanto, antes ela representava um avanço expressivo em comparação com as alternativas da época, como cartões perfurados e fitas magnéticas.
Com o crescimento dos computadores pessoais na década de 1970, os disquetes passaram a ser amplamente adotados. Em 1976, a parceria entre Steve Jobs e Steve Wozniak resultou na criação de uma unidade de disquete para o Apple II, utilizando disquetes de 5,25 polegadas. Esses inicialmente tinham capacidades de 90 a 110 KB, mas rapidamente evoluíram para armazenar até 1,2 MB em meados da década de 1980.
Por volta de 1981, a Sony introduziu o disquete de 3,5 polegadas, que oferecia maior durabilidade e capacidade de armazenamento, começando com 720 KB e, eventualmente, alcançando 1,44 MB. Este formato se tornou o padrão industrial, predominando até o final dos anos 1990.
A mudança
Depois de uma jornada de sucesso, após a popularização das redes de computadores e de novas tecnologias de armazenamento, como CDs, DVDs e pen drives, os disquetes começaram a perder relevância.
O lançamento do iMac da Apple em 1998, sem uma unidade de disquete, marcou o início do fim para este meio de armazenamento. Assim, a produção de novos disquetes pela Sony cessou em 2011.
Usos atuais dos disquetes
Mesmo que para você os disquetes possam parecer inúteis e, a depender da sua idade, desconhecidos, eles ainda são utilizados em diversos contextos específicos.
Equipamentos industriais antigos, como máquinas de bordar e sistemas de controle numérico computadorizado (CNC), ainda dependem de disquetes para funcionar. No setor de aviação, alguns modelos antigos de aeronaves, como o Boeing 747, usam disquetes para atualizações de software e navegação.
Em São Francisco, o sistema de metrô Muni Metro também utiliza disquetes para inicializar seus sistemas de controle. Além disso, dispositivos médicos antigos, como tomógrafos e aparelhos de ultrassom, ainda operam com disquetes. Curiosamente, até 2019, o sistema de controle de mísseis nucleares dos Estados Unidos utilizava disquetes de 8 polegadas.
A fascinação dos fãs de tecnologia
Os disquetes também encontraram um lar entre os fãs de tecnologia retrô e músicos que usam equipamentos vintage, como sintetizadores e samplers dos anos 1980 e 1990.
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Esses dispositivos muitas vezes foram projetados para usar disquetes como meio de armazenamento principal, e os músicos com esse apego ao estilo antigo continuam a usá-los para criar sons e composições.
Então, podemos dizer que mesmo com a notável evolução da tecnologia, é provável que os disquetes ainda sejam lembrados nos próximos anos. E você, já utilizou um?
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