A NASA criou uma simulação imersiva em 360º que permite aos espectadores experimentar como seria mergulhar em um buraco negro supermassivo. Produzida por um supercomputador, essa simulação ilustra a teoria da relatividade de Einstein e oferece uma visão única do ponto de não retorno.
Detalhes impressionantes
O vídeo em 360º faz parte de uma série de materiais produzidos pela NASA para esta simulação. Ele mostra a aproximação de uma câmera ao buraco negro supermassivo, orbitando brevemente antes de cruzar o horizonte de eventos, onde a força da gravidade é tão intensa que nem a luz consegue escapar.
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Com base em simulações, o projeto replica um buraco negro com 4,2 milhões de vezes a massa do nosso Sol. Jeremy Schnittman, astrofísico do Goddard Space Flight Center da NASA, explica que a simulação ajuda a conectar a matemática da relatividade com as consequências reais no mundo físico.
Cenários distintos
A simulação apresenta dois cenários diferentes: em um, a câmera falha ao cruzar o horizonte de eventos; no outro, ela consegue atravessar, selando seu destino. O horizonte de eventos é a fronteira teórica ao redor de um buraco negro, onde a força gravitacional impede qualquer escape.
O horizonte de eventos se estende por cerca de 25 milhões de quilômetros, com uma nuvem de gás brilhante ao redor. Assim, a câmera mostra essa nuvem e outras estruturas de luz, além do céu estrelado, distorcido pela aceleração do espaço-tempo.
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O que acontece dentro do buraco negro
Dentro do buraco negro, a câmera acelera em direção ao centro, uma singularidade onde as leis da física conhecidas deixam de se aplicar. O tempo até a destruição é estimado em apenas 12,8 segundos.
Apesar da simulação, a verdadeira natureza do interior de um buraco negro ainda é um mistério, com muitas teorias baseadas em modelos matemáticos.
Jeremy Schnittman recomenda que, se fosse necessário escolher, seria melhor cair em um buraco negro supermassivo em vez de um estelar, que possui forças de maré mais intensas capazes de “espaguetificar” objetos antes de chegarem ao horizonte de eventos.
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