A missão Apollo 13, lançada em 11 de abril de 1970, foi projetada para ser a terceira viagem tripulada ao solo lunar. Composta pelos astronautas James Lovell, Fred Haise e John “Jack” Swigert, a equipe enfrentou um incidente crítico que redefiniu o curso da missão, e transformou um possível desastre em um exemplo de resiliência e engenhosidade da NASA. Isso porque o que era para ser um pouso lunar acabou se tornando uma luta pela sobrevivência e uma operação de resgate sem precedentes.
Os astronautas da Apollo 13
A tripulação da Apollo 13 incluía três experientes astronautas: James Lovell, Fred Haise e John “Jack” Swigert.
Lovell, comandante da missão, já havia participado da Apollo 8 e de outras missões no espaço, sendo o astronauta mais experiente da equipe. Haise, piloto do módulo lunar, foi um talentoso piloto de testes antes de ingressar na NASA. Já Swigert, que entrou no time 48 horas antes do lançamento, substituindo Ken Mattingly, trouxe seu conhecimento técnico como piloto do módulo de comando.
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O que deu errado na missão Apollo 13?
Durante o segundo dia de viagem, enquanto a Apollo 13 se aproximava da Lua, um dos tanques de oxigênio do módulo de comando Odyssey explodiu após uma tentativa de “crio stir” (um procedimento de mistura de gases). Essa explosão foi causada por um fio exposto no tanque de oxigênio e destruiu um dos tanques e danificou outro, levando a uma queda de oxigênio e energia crítica para a nave.
O incidente causou o famoso comunicado de Swigert ao Controle da Missão: “Houston, tivemos um problema (Houston, we have a problem)”. A frase icônica, aliás, resumiu a seriedade da situação, levando todos na NASA a se mobilizarem para trazer a tripulação de volta.
Como os astronautas sobreviveram e voltaram à Terra?
Com o módulo de comando danificado e incapaz de sustentar a vida dos astronautas, a equipe foi forçada a buscar refúgio no módulo lunar Aquarius, originalmente planejado para levar os astronautas à superfície lunar. Contudo, o Aquarius não tinha capacidade de suportar três astronautas por um longo período e também não possuía um escudo térmico, o que tornava impossível sua reentrada na Terra.
Deste modo, para sobreviver, a tripulação teve que conservar energia e água, reduzindo ao mínimo os sistemas ativos na nave e enfrentando temperaturas baixíssimas, próximas ao congelamento.
Além disso, eles realizaram uma complexa manobra de “queima” para redirecionar a nave de volta ao caminho da Terra. Em termos simples, a manobra consistiu na ativação breve e controlada de motores do módulo espacial Aquarius para ajustar a trajetória do módulo de comando Odyssey.
Graças à orientação do Controle da Missão em Houston, que trabalhava incansavelmente para encontrar soluções e adaptar equipamentos, a tripulação conseguiu executar manobras críticas e poupar recursos para a reentrada.
Então, após dias de racionamento de água, comida e calor, a tripulação finalmente se aproximou da Terra. Nas horas finais antes da reentrada, eles voltaram ao módulo de comando Odyssey e o ligaram para a descida na atmosfera.
Em 17 de abril de 1970, a Apollo 13 pousou com segurança no Oceano Pacífico, onde a tripulação foi resgatada. A aterrissagem bem-sucedida representou o ápice dos esforços da NASA e da tripulação em uma jornada que poderia ter tido um desfecho trágico.
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Por que a Apollo 13 é importante?
Embora a Apollo 13 não tenha cumprido seu objetivo de pousar na Lua, a missão é lembrada como um “fracasso bem-sucedido”, já que mostrou a capacidade de resposta rápida da NASA em situações de crise e o empenho dos engenheiros e cientistas em resolver problemas em tempo real.
Além disso, o incidente reforçou a necessidade de aprimorar os protocolos de segurança para futuras missões espaciais, evitando que falhas como as do tanque de oxigênio se repetissem.
Inclusive outras missões Apollo foram realizadas posteriormente e tiveram sucesso. Você pode saber mais sobre elas aqui: Além de Armstrong e Aldrin: Quantas pessoas já andaram na Lua?.
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