A natureza não deixa de nos surpreender! Olha só a última! Um grupo de cientistas australianos encontrou uma rã que muda de cor! Trata-se de uma espécie arbórea que, devido a uma rara mutação genética, altera sua coloração verde habitual para um azul brilhante. A descoberta ocorreu no Santuário de Vida Selvagem Charnley River-Artesian Range, na região de Kimberley, Austrália Ocidental, durante uma expedição noturna.
Como é a rã que muda de cor?
Segundo os pesquisadores, a “rã magnífica” (Litoria splendida) é nativa do norte de Kimberley e partes do Território do Norte da Austrália. A princípio, a mutação nesse serzinho se dá pela falta de pigmento amarelo em sua pele. Esta, aliás, é uma característica extremamente rara nesta espécie.
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Jake Barker, ecologista de campo da AWC, conta que o grupo encontrou a rã que muda de cor depois do anoitecer. Ele lembra que ela estava lá, quietinha, sobre um banco do ateliê próximo ao centro de pesquisa.
O avistamento, claro, foi motivo de entusiasmo, uma vez que as rãs magníficas são espetaculares por si só. No entanto, ver uma azul é uma oportunidade única na vida, conforme Baker.
Só para ilustrar os efeitos da descoberta, esta é a primeira vez que se registra uma mutação azul na rã magnífica. Jodi Rowley, curadora de Biologia de Conservação de Anfíbios e Répteis do Museu Australiano, acrescentou que, muito ocasionalmente, uma rã verde carece de pigmento amarelo em sua pele. Disso resulta uma rã completamente ou principalmente azul.
Em comunicado divulgado pela CNN, Rowley afirma já ter visto “dezenas de milhares de rãs ao longo dos anos”. Entretanto, só encontrou uma rã azul antes, “e não era tão espetacular quanto esta rã magnífica”. Logo, isso destaca a diversidade dos anfíbios na Austrália.
Espécie endêmica do país
Inicialmente, a rã magnífica (Litoria splendida) é encontrada apenas no norte de Kimberley, além de partes próximas do Território do Norte da Austrália. A rã que muda de cor pode crescer até cerca de doze centímetros. Assim, é uma das maiores espécies de anfíbios do país.
Aliás, Baker ressalta a singularidade da espécie que, segundo ele, “é um dos vários endemismos do noroeste que encontramos com bastante regularidade por aqui”. Em outras palavras, assim como a rã magnífica, a região tem exemplares que não se encontram em nenhum outro lugar.
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Impactos na comunidade científica
Claro que a rara rã azul que muda de cor gerou atenção da mídia especializada, né? Tanto que as notícias da descoberta se espalharam rapidamente e geraram interesse na comunidade científica internacional. Afinal, a descoberta gera impacto primeiramente pela raridade desta mutação.
Ademais, na compreensão da biodiversidade e das variações genéticas na fauna australiana, algo que destaca a importância das pesquisa e da conservação em regiões ricas em espécies endêmicas.
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