Garantia do carro elétrico: Você sabe como funciona? Entenda pontos críticos!

Ainda que a garantia seja, inicialmente, de oito anos, existem pontos que podem reduzir e até anular este tempo

| Em 26/04/2024 7:00

A busca pelos carros elétricos continua subindo no Brasil. Para colocarmos em número, a Associação Brasileira do Veículo Elétrico (ABVE) indica que, em janeiro deste ano, foram 12.026 emplacamentos, abrangendo híbridos e elétricos. Entretanto, mais do que preço e rendimento, bem como autonomia, existe um ponto muito importante a observar nesta escolha: a garantia do carro elétrico.

De modo geral, essa garantia consiste no prazo que a montadora dá para que o veículo ou peças funcionem bem. Porém, já aqui, é preciso ter atenção a um detalhe. Trata-se da diferença entre a garantia do carro elétrico, em si, e da bateria. A primeira varia conforme a fabricante que, a princípio, indica em contrato ou manual.

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Quanto tempo dura a garantia do carro elétrico?

De modo geral, tanto motores quanto baterias dos carros elétricos têm garantia média de oito anos. Isso difere, em muito, do motor à combustão, cuja garantia varia de três a cinco anos. Mas, por quê?

Segundo Wanderlei Marinho, membro do Comitê de Veículos Elétricos e Híbridos da SAE Brasil ao Autoesporte, isso se deve a diferentes fatores. Por exemplo, desempenho dos componentes, bem como sua durabilidade. Ah, então, quando der oito anos, já preciso trocar?

Não necessariamente! Assim como qualquer garantia, os oito anos são o prazo que a empresa estima que a peça opere em boas condições de autonomia e recarga. Ou seja, funcione direitinho.

Contudo, existem as ressalvas, pois especialistas indicam um desgaste anual de 2% da bateria. Além disso, como veremos no item a seguir, alguns fatores podem prejudicar essa garantia.

O que interfere na garantia do carro elétrico?

Antes de tudo, vale frisar que a garantia pode variar conforme a fabricante. Ademais, existem alguns pontos que reduzem essa média dos oito anos. Isso inclui carros usados por motoristas de aplicativos.

Na BYD, a garantia do carro cai para dois anos, enquanto da bateria passa a ser de cinco. Ou, ainda, por quilometragem. Há, também, condições a cumprir para, assim, manter o prazo que a empresa dá.

  • Manipular ou revisar bateria apenas nas oficinas autorizadas
  • Não deixar o carro exposto ao calor excessivo, pois isso reduz a bateria. Logo, atente-se para que o termômetro não acuse mais de 55ºC por além de 24 horas (se o veículo for JAC, a temperatura máxima cai para 45ºC)
  • Embora nem todos os contratos especifiquem isso, Peugeot e BYD salientam que a garantia do carro elétrico pode sofrer anulações se o carro foi utilizado em reboques
  • Montadoras, como Volvo e JAC, têm recomendações claras sobre a lavagem do carro, sobretudo o uso de mangueiras de pressão
  • Cuidado também com o percentual da bateria. Segundo a BYD, a pessoa proprietária perde a garantia caso deixe a peça sem uso por 14 dias com 5% ou menos de carga
  • Prazo para recarga periódica que, no caso da Peugeot e BYD, não deve passar de três meses

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Por fim, além da questão da bateria, o contrato geralmente reza sobre os itens que a garantia do carro elétrico cobre. Sendo assim, veja se a montadora engloba pastilhas, discos de freio e pneus. Via de regra, geralmente não entram devido ao desgaste natural.

Enfim, para não ter problemas com a garantia do carro elétrico, leia bem o contrato e todos os manuais possíveis. E, claro, siga todas as suas recomendações. Do contrário, de nada vai adiantar adquirir um modelo mais econômico.

  • Luciana Gomides

    Jornalista e assessora de comunicação e imprensa com experiência em Comunicação Pública, Gestão de Eventos, Marketing Digital, análise e estratégia, gerenciamento de crises, produção e redação de conteúdo. Já trabalhou em diversos projetos e segmentos na área, inclusive como gerente de Comunicação na Educação Municipal, período em que desenvolveu produtos audiovisuais para permitir o acesso a conteúdos pedagógicos durante a pandemia. Ainda, criou áreas de Ouvidoria e Eventos Virtuais. É pesquisadora de Comunicação Compartilhada/Comunitária, Marketing Público e Políticas Públicas para Comunicação. Atuou na área de turismo e hotelaria. Especialista em Marketing e Assessoria de Comunicação.

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