Buscas no Google podem deixar de ser gratuitas: Entenda o caso!

| Em 09/04/2024 10:00

As buscas do Google podem deixar de ser gratuitas? Até hoje, a plataforma oferece uma ampla gama de serviços financiados por publicidade. E é justamente por isso que não nos custam nada. Mas, isso pode mudar em breve! A princípio, a big tech avalia a cobrança pelo uso dos serviços de busca gerenciados por inteligência artificial.

Segundo o jornal Financial Times, a companhia considera a incorporação de funções de busca baseadas em IA aos serviços de assinatura premium. Estes, inicialmente, já disponibilizam acesso a outras ferramentas como o assistente Gemini no Gmail e Docs.

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Como funcionaria a assinatura premium do Google?

A proposta ainda está em processo de avaliação pela empresa. Mas, ao que tudo indica, implicaria em oferecer funções “premium” baseadas em IA generativa às pessoas usuárias que quiserem pagar por elas. Essa medida seria a maior reestruturação na área, pois nunca houve um modelo de pagamento para acessar funções adicionais no motor de busca.

Embora os engenheiros trabalhem na tecnologia necessária para implementar as novas funções, os executivos da empresa ainda não tomaram uma decisão definitiva sobre quando ou se as buscas no Google podem deixar de ser gratuitas. A proposta de cobrar por funções de busca baseadas em IA pode ser uma resposta à possível ameaça que a tecnologia representa para o seu negócio publicitário.

Afinal, desde o lançamento do ChatGPT, o chatbot da OpenAI, o Google enfrenta um desafio constante para manter sua liderança no mercado. O principal problema gerado por esse tipo de plataforma é que gerar respostas completas e rápidas às consultas dos usuários. Assim, evitam recorrer às buscas tradicionais e entrar nos links dos artigos publicados. Isso consequentemente reduz a quantidade de audiência que se relaciona à publicidade.

Buscas no Google podem deixar de ser gratuitas pela IA?

Inicialmente, a integração de funções de busca baseadas em IA ao modelo de negócios do Google representa um desafio importante. Principalmente porque a empresa deve equilibrar a adoção das inovações em tecnologia e, ao mesmo tempo, preservar sua principal fonte de renda: a publicidade online.

Segundo analistas do setor, os impactos da IA no negócio publicitário são extensos. Só para exemplificar, alguns alertam que, se o motor de busca do Google oferece respostas mais completas por IA, isso pode reduzir a necessidade de clicar nos sites dos anunciantes. Isso afetaria diretamente a receita publicitária da empresa.

Além disso, há a preocupação entre os editores online que dependem do tráfego do buscador, pois temem que as consultas impulsionadas por IA possam extrair informações diretamente das páginas web e apresentá-las aos usuários. Consequentemente, reduziria o tráfego para seus sites.

Mas, apesar dessas preocupações, o Google expressou seu compromisso de continuar aprimorando seus serviços de busca para atender às novas necessidades dos usuários por meio da inteligência artificial generativa. Com relação à possível implementação de funções, afirmou que não trabalha nem considera uma experiência de busca sem publicidade no momento.

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No entanto, continua explorando formas de oferecer “novas capacidades e serviços premium para melhorar as ofertas de assinatura em todo o Google”. Em suma, não há confirmações de que buscas no Google podem deixar de ser gratuitas. Apenas, pesquisas e preocupações sobre os impactos na publicidade.

Atualmente, as únicas assinaturas que o Google oferece aos consumidores são os serviços premium do YouTube e Google One, que expande o armazenamento na nuvem para aplicativos como Gmail, Drive e Fotos.

  • Luciana Gomides

    Jornalista e assessora de comunicação e imprensa com experiência em Comunicação Pública, Gestão de Eventos, Marketing Digital, análise e estratégia, gerenciamento de crises, produção e redação de conteúdo. Já trabalhou em diversos projetos e segmentos na área, inclusive como gerente de Comunicação na Educação Municipal, período em que desenvolveu produtos audiovisuais para permitir o acesso a conteúdos pedagógicos durante a pandemia. Ainda, criou áreas de Ouvidoria e Eventos Virtuais. É pesquisadora de Comunicação Compartilhada/Comunitária, Marketing Público e Políticas Públicas para Comunicação. Atuou na área de turismo e hotelaria. Especialista em Marketing e Assessoria de Comunicação.

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