Você já parou para pensar que seu rosto pode estar dizendo mais sobre sua classe social do que suas palavras? Uma pesquisa do Journal of Experimental Psychology: General mergulhou nessa questão, revelando que pequenas diferenças nas características faciais podem ser determinantes na forma como somos percebidos socialmente.
Rosto “de rico” ou “de pobre”?
R. Thora Bjornsdottir, uma especialista no assunto, liderou um estudo que revela como nossos cérebros classificam instantaneamente pessoas em diferentes níveis sociais com base em suas características faciais. Um rosto mais largo, curto e achatado, com lábios inclinados para baixo e uma tez mais escura, pode transmitir a ideia de uma classe social mais baixa.
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Por outro lado, rostos mais alongados, com um leve sorriso, sobrancelhas arqueadas e uma pele mais clara e quente, tendem a ser associados a uma classe social mais alta.
A equipe de Bjornsdottir foi além da observação. Eles entraram no mundo digital, criando modelos 3D de rostos fotorealistas julgados por participantes para mapear essas percepções. Mais de 2400 rostos foram avaliados não apenas em relação ao aspecto econômico, mas também à competência e confiabilidade.
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Os resultados foram reveladores: os traços associados a uma percepção de classe social mais alta também se alinhavam a uma imagem de maior competência e confiabilidade. Isso nos faz questionar: até que ponto nossos julgamentos instantâneos são permeados por estereótipos?
No entanto, a pesquisa de Bjornsdottir possui suas nuances. Focada principalmente em uma demografia britânica branca, ela destaca a necessidade de explorar esses paradigmas em um espectro cultural, social e étnico mais amplo. Isso nos convoca a questionar nossos preconceitos e ampliar nossa compreensão sobre como a aparência influencia não apenas a percepção social, mas também as oportunidades que são (ou não são) oferecidas às pessoas.
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