Pesquisadores da Universidade Stanford desvendaram um mistério que intriga a humanidade há séculos: a partir de qual idade começamos a nos tornar “velhos”? Uma pesquisa publicada na renomada revista científica Nature Medicine, revela que o processo de envelhecimento começa, em média, aos 34 anos, muito antes do que se pensava anteriormente.
Idade cronológica em relação à idade biológica
Ao contrário da idade cronológica, que é simplesmente a quantidade de anos que vivemos, a idade biológica é determinada pelos níveis de proteínas presentes no plasma sanguíneo. Segundo os pesquisadores, são essas proteínas que indicam o verdadeiro estado de saúde e vitalidade do organismo.
“Já sabemos há muito tempo que medir certas proteínas no sangue pode fornecer informações sobre o estado de saúde de uma pessoa”, diz Tony Wyss-Coray, professor de neurologia e pesquisador.
Embora muitos associem o envelhecimento a rugas, cabelos brancos e outros sinais externos, a pesquisa de Stanford revela que as mudanças começam muito antes, dentro do próprio corpo.
Aos 34 anos, já ocorrem as primeiras alterações, que vão se intensificando até os 60 anos, momento em que se inicia a fase da maturidade tardia.
Os cientistas analisaram os níveis de mais de 3 mil proteínas em mais de 4 mil indivíduos, identificando que 373 delas estão diretamente ligadas ao processo de envelhecimento. Essa descoberta permite uma nova compreensão sobre como o envelhecimento afeta o organismo ao nível molecular.
Inteligência Artificial e qualidade de vida
Além de identificar os sinais precoces do envelhecimento, os pesquisadores de Stanford desenvolveram um algoritmo de inteligência artificial capaz de avaliar a idade biológica de cada órgão, antecipando possíveis problemas de saúde.
Com isso, os cuidados médicos podem ser ainda mais promissores, permitindo intervenções precoces e melhorando significativamente a qualidade de vida dos indivíduos à medida que envelhecem.
Nesse sentido, essa pesquisa não apenas redefine nossa compreensão sobre o envelhecimento, mas também oferece perspectivas promissoras para o futuro da medicina preventiva. Ao compreendermos melhor os processos biológicos envolvidos no envelhecimento, podemos desenvolver estratégias mais eficazes para promover uma vida longa e saudável.
A idade pode ser apenas um número, mas entender o que acontece dentro de nosso corpo ao longo dos anos pode ser a chave para uma vida plena e ativa, independentemente da idade cronológica.
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