A BYD, gigante global na fabricação de carros elétricos e híbridos plug-in, surpreendeu o mercado ao revelar sua decisão recente de encerrar a produção de baterias com células do tipo bolsa em seus veículos híbridos.
Como líder global nesse setor, a BYD alcançou em 2023 a impressionante marca de 3 milhões de unidades vendidas, sendo que quase metade dessas vendas correspondiam a seus veículos híbridos plug-in. Entenda mais sobre a decisão!
Motivos da mudança de bateria em veículos híbridos BYD
A principal motivação por trás dessa mudança reside na preocupação da BYD com um possível risco de vazamento nas células do tipo bolsa. Outras montadoras, como Volkswagen e Tesla, compartilham essa preocupação e também enxergam um risco maior de vazamento com esse tipo de bateria.
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Elon Musk, presidente-executivo da Tesla, figura influente no setor, já havia expressado sua oposição ao uso de células de bolsa em carros elétricos. Sua opinião ressalta a importância dada à segurança e confiabilidade das baterias.
Embora a BYD ainda não tenha se manifestado oficialmente, o que se sabe é que as células de bolsa, embora mais leves, têm uma chance maior de vazar eletrólitos, podendo resultar em problemas graves, como incêndios.
Tipos de baterias
Os veículos elétricos podem utilizar três tipos principais de baterias: cilíndricas, prismáticas e do tipo ‘pack’. Quando a BYD lançou seu sistema de propulsão, introduziu as baterias de lâmina com células de bolsa, visando maior eficiência de carga e descarga, especialmente para carros híbridos plug-in (PHEV).
Porém, devido aos riscos associados, a empresa agora busca a substituição por células prismáticas. Essa mudança envolve a conversão das linhas de produção em suas fábricas nas províncias de Shaanxi e Zhejiang.
A mudança pode impactar modelos como o SUV Tan, que pode enfrentar riscos de vazamentos. A produção das novas baterias já está em andamento, sendo a meta abolir o uso da célula de bolso até 2025 pela fabricante.
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Preocupação da fabricante com os veículos
Há um tempo atrás, a BYD realizou um recall na China envolvendo 60.000 unidades do BYD Tang DM-i equipado com baterias do tipo bolsa. O recall foi motivado por um defeito na bateria que poderia causar uma “fuga térmica”. Embora nenhum caso de vazamento tenha sido relatado fora da China, a BYD está agindo proativamente para evitar possíveis complicações futuras.
Além da mudança no tipo de célula, a BYD também investiu na construção de sua primeira fábrica de baterias de íons de sódio em Xuzhou, na China. Com um investimento de 10 bilhões de yuans, a capacidade de produção anual planejada é de 30 GWh, tornando-a uma das maiores do mundo. O projeto, em parceria com a Findreams Battery, destaca o compromisso da BYD com a evolução e inovação em suas tecnologias de bateria.
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