Os cientistas na China realizaram uma pesquisa inovadora para identificar a idade biológica das pessoas, utilizando métodos avançados baseados em inteligência artificial.
Publicado no Proceedings of the National Academy Of Sciences (PNAS), este estudo promete revolucionar a compreensão do envelhecimento celular.
Conduzido por pesquisadores da Universidade de Ciência e Tecnologia de Macau e da Universidade Shanghai Jiaotong, a pesquisa emprega análise de imagens 3D do rosto, língua e retina, introduzindo uma abordagem diferenciada para medir a idade biológica. Entenda os detalhes nos parágrafos abaixo!
Como funciona a metodologia?
A metodologia adotada pelos pesquisadores chineses envolveu a análise de imagens 3D do rosto, língua e retina de 11.223 indivíduos saudáveis e 2.840 pessoas com doenças crônicas.
Desse modo, a aplicação da inteligência artificial permitiu a criação de um modelo que combinava essas imagens, oferecendo uma abordagem mais acessível e precisa para prever a idade biológica.
Em geral, na metodologia as imagens do rosto podem indicar a saúde da pele, enquanto a língua revela o quão saudável é o seu microbioma e as suas retinas podem sinalizar a saúde dos seus sistemas neurológico e cardiovascular.
Assim, o estudo mostra que é possível utilizar métodos mais acessíveis e menos invasivos, afastando-se dos exames tradicionais utilizados para determinar a idade biológica, como o de DNA, sangue e tomografias cerebrais.
Por isso, a mudança representa uma contribuição significativa para a área, tornando possível estimar essa dado tão importante com base em imagens que promovam uma compreensão mais abrangente do envelhecimento celular.
Resultados e aplicações práticas
Resumidamente, os resultados revelaram diferenças significativas entre as idades biológicas e cronológicas, especialmente para os pacientes com doenças crônicas.
Isso sugere que a ferramenta desenvolvida pelos cientistas pode se tornar uma estimativa útil dos impactos dessas condições no envelhecimento celular. Além disso, a pesquisa aponta para o potencial de acelerar ensaios clínicos relacionados a intervenções anti-envelhecimento.
O especialista em longevidade, Andrew Steele, ressaltou a importância de entender como as intervenções, como dieta, exercício e terapias específicas, afetam as medidas entre a idade biológica e cronológica.
Afinal, é fundamental diferenciar ambos os fatores, pois a idade cronológica representa simplesmente o número de anos vividos, enquanto a biológica reflete o desgaste das células do corpo, mostrando o impacto desse tempo nas funções do nosso organismo.
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