Olha aí um assunto no qual, sem dúvidas, você nem pensa muito: o campo magnético da Terra. Mas, deveria! Afinal, o magnetismo é extremamente importante para a comunicação e para a própria proteção da vida. O tema é tão complexo que envolve uma série de anomalias que desafiam as leis da Física. Por exemplo, o enigmático Triângulo das Bermudas.
Primeiramente, o que é exatamente o campo magnético da Terra? Também chamado de campo geomagnético, é uma característica essencial que envolve tanto o interior quanto o exterior do planeta. Assim, confere propriedades magnéticas semelhantes às de um ímã.
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Um dos principais efeitos do campo magnético da Terra é em relação às comunicações. Por isso, esses fenômenos que mencionamos podem afetar desde naves espaciais até comunicações por satélite. Nesse sentido, pesquisadores voltaram sua atenção para uma dessas anomalias que está crescendo.
E a descoberta que eles fizerem simplesmente conecta o conhecimento antigo da Mesopotâmia à física moderna.
Os fenômenos magnéticos desde os tempos da Babilônia
A escrita cuneiforme, sempre gerou muita curiosidade ao longo da história. Mas você nem imagina o que essas inscrições já diziam! Só para exemplificar, tabuletas de 3 mil anos atrás já descreviam anomalias geomagnéticas.
Essa descoberta é de pesquisadores da University College London, conforme estudo publicado na revista Proceedings of the National Academy of Sciences. Como as inscrições apontam, o fenômeno é semelhante ao Triângulo das Bermudas espacial e ficou conhecido como Anomalia do Atlântico Sul.
Mas como eles conseguiram descobrir isso? E o que isso tem a ver com o campo magnético da Terra? Vamos por partes…
A análise das tabuletas babilônicas foi possível graças a um método chamado arqueomagnetismo. Com ele, os pesquisadores estudaram grãos de óxido de ferro em tabuletas de argila. Assim, conseguiram, pelo menos, uma visão do que era a anomalia.
Além disso, as tabuletas revelaram que o campo magnético da Terra, na região da Mesopotâmia, era surpreendentemente forte há mais de 2500 anos, durante o período de Nabucodonosor II. Dessa forma, os registros mostraram uma visão única da interação entre o magnetismo terrestre e a atividade humana na antiguidade.
A influência da Mesopotâmia na Ciência
Mais do que avaliar como era a percepção do campo magnético da Terra naquele tempo, os pesquisadores acreditam que as descobertas também reforçam a importância dos estudos culturais. Ou seja, além de fornecerem dados sobre o campo magnético, as tabuletas cuneiformes têm fragmentos sobre templos de astrologia e adivinhação astrológica.
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Dessa forma, esse entrelaçamento entre ciências e humanidades enriquece nossa compreensão do passado. Mas a pesquisa foi além e também incluiu diários astronômicos. Com isso, revelou padrões climáticos, eventos astronômicos e até mesmo notícias políticas, proporcionando uma visão única da vida há milhares de anos.
O que as descobertas sobre o campo magnético da Terra revelam para o futuro?
Ao estudar as conexões entre o campo magnético da Terra e a atividade humana, os pesquisadores modernos podem prever tempestades magnéticas solares. Assim, protegem satélites e naves espaciais, por exemplo.
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