La Rinconada, localizada nos Andes peruanos, é a cidade habitada mais alta do mundo. Situada entre 5.000 e 5.300 metros acima do nível do mar, essa comunidade enfrenta desafios especiais devido à altitude extrema. Com uma população de cerca de 50.000 pessoas, La Rinconada é conhecida por suas difíceis condições de vida.
A vida na alta altitude de La Rinconada
Em La Rinconada, a falta de infraestrutura básica torna a vida extremamente difícil. Não há água encanada, sistema de esgoto ou coleta de lixo. A eletricidade só chegou ao local nos anos 2000. A cidade, originalmente um acampamento temporário de mineração de ouro, se estabeleceu há mais de 60 anos.
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No entanto, a mineração continua sendo a principal atividade econômica, forçando os moradores a suportar baixos níveis de oxigênio, aproximadamente metade da pressão de oxigênio ao nível do mar.
Efeitos da altitude no corpo e adaptação
Para quem não nasceu em alta altitude, os primeiros sinais de adaptação incluem aumento da frequência respiratória e dos batimentos cardíacos. A redução de oxigênio no ar força pulmões e coração a trabalhar mais para oxigenar os tecidos. Inicialmente, o nível de hemoglobina no sangue também cai, mas com o tempo, o corpo aumenta a produção de glóbulos vermelhos para compensar a baixa oxigenação.
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Doença crônica das montanhas
Os moradores de La Rinconada, a cidade mais alta do mundo, parecem ter desenvolvido adaptações ao ambiente de baixa oxigenação. Estudos indicam que pessoas expostas a altitudes elevadas desde jovens tendem a ter maior volume pulmonar. Os habitantes dos Andes, por exemplo, têm alta concentração de hemoglobina no sangue, o que, apesar de permitir maior transporte de oxigênio, pode levar à doença crônica das montanhas.
A doença crônica das montanhas ocorre quando o corpo produz excesso de glóbulos vermelhos, causando sintomas como fadiga, falta de ar e dores. Estima-se que um em cada quatro moradores de La Rinconada sofra dessa condição. A melhor forma de tratar a doença crônica das montanhas é descer para altitudes mais baixas, embora isso nem sempre seja viável para aqueles cuja vida e sustento estão ligados à região.
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